Prefeitura e guias turísticos retomam negociação sobre Gruta do Lago Azul
As negociações entre a prefeitura de Bonito, distante 296 quilômetros de Campo Grande, e guias turísticos da cidade sobre problemas envolvendo queda de remuneração no passeio da Gruta do Lago Azul foram retomadas. Até o último dia 12 de fevereiro, quando guias foram à Justiça contra a queda dos valores, o município afirmava que não […]
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As negociações entre a prefeitura de Bonito, distante 296 quilômetros de Campo Grande, e guias turísticos da cidade sobre problemas envolvendo queda de remuneração no passeio da Gruta do Lago Azul foram retomadas. Até o último dia 12 de fevereiro, quando guias foram à Justiça contra a queda dos valores, o município afirmava que não havia mais negociação.
No encontro que ocorreu nesta quinta-feira (21), duas propostas foram discutidas entre guias e representantes do município. Uma delas prevê aumento no valor do ingresso do passeio, para que remuneração dos guias aumente. Com o reajuste, os guias receberiam R$ 17 na alta temporada e R$ 12 na baixa. Atualmente, a remuneração está em R$ 8,96 na baixa temporada.
A outra proposta, que os guias negociam para que seja aprovada, prevê que uma lei seja criada pelo município para que oficialize os guardas como prestadores de serviço, dando a eles porcentagem fixa recebida para cada passeio de turista.
Com isso, os profissionais ficariam cobertos caso a prefeitura da cidade, por exemplo, deixasse de administrar a gruta e passasse a para uma concessão, situação que já ocorre com destinos turísticos de outros estados. Em uma possível transferência de administração da gruta, novos profissionais contratados por empresa poderia tomar o lugar dos guias que hoje desempenham a função.
Impasse
Em entrevista ao Jornal Midiamax, o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Augusto Mariano, afirma que a diminuição foi em razão dos valores que começaram a ser repassados no ano passado para a União, o que equivale a 30% do valor total de ganho com o ponto.
“A cessão onerosa da Gruta do Lago Azul começou no ano passado e nós seguimos modelos aplicados em todo país. Desde então os valores obtidos com a atração diminuíram. Nós comunicamos os guias turísticos que iria haver uma queda na remuneração, o que de fato aconteceu neste ano”, explica o secretário.
Ainda conforme Augusto, cabe ao município toda administração da gruta e custos com manutenção do espaço, das estradas e publicidade do atrativo turístico. “Guia é um prestador de serviço, não há vínculo empregatício, se ele julgar que a remuneração não é do seu agrado, pode deixar de realizar o trabalho”, conclui o secretário.
Atualmente, 200 guias turísticos estão aptos para atuarem na Gruta do Lago Azul.
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