Preço alto e falta de materiais em MS atrasa cronograma e aumenta preço final de obras em até 30%
Nos últimos três meses, o setor de construção civil enfrenta dificuldades em Mato Grosso do Sul em razão da falta de materiais de construção. Aumentos nos preços dos itens e a dificuldade em encontrar materiais básicos, se tornaram um obstáculo na hora de construir. A lei da oferta e procura se estabeleceu no setor e […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Nos últimos três meses, o setor de construção civil enfrenta dificuldades em Mato Grosso do Sul em razão da falta de materiais de construção. Aumentos nos preços dos itens e a dificuldade em encontrar materiais básicos, se tornaram um obstáculo na hora de construir. A lei da oferta e procura se estabeleceu no setor e os construtores sofrem para fechar orçamento e entregar as obras dentro do prazo em Campo Grande.
Na maioria dos canteiros de obras espalhados pelo Estado e, principalmente, na Capital, a situação é a mesma: materiais em falta. Engenheiros e profissionais que atuam no segmento reclamam sobre o aumento repentino no valor de muitos materiais e na demora da entrega. Em agosto, chegou a faltar tijolos na cidade, e isso até hoje afeta no preço do item, que chegou a dobrar.
Em entrevista ao Jornal Midiamax, o engenheiro Lucas Delmondes, 25 anos, fala sobre as dificuldades que o setor está enfrentando. Obras atrasadas e planejamentos financeiros extrapolados são comuns de agosto para cá.
Ele explica que com o aumento do valor dos materiais, o preço do orçamento inicial chega a aumentar 30% em uma construção. No entanto, mesmo com o aumento do custo da obra, na hora da venda, o imóvel não é valorizado na mesma proporção. Com isso, quem investe no setor tem vivido diminuição dos lucros com as negociações.
Além dessa desvalorização, o prazo das obras também é outro desafio. Materiais que tinham o prazo de entrega de quatro dias, agora só chegam em 40. Com isso, partes das obras precisam ser paradas por um tempo, e atrapalha todo o cronograma, desde obras pequenas até construções de maior porte.
Mesmo com vários obstáculos, segundo o engenheiro, a busca por construção aumentou. “As pessoas ainda estão buscando construções de imóveis como meio de investimento, por conta de alguns juros que estão baixos”, diz.
Mudança de planos
A assistente social Marcilene Dutra Bonfim, começou uma reforma em sua casa no mês de junho, no meio do processo, ela foi surpreendida com o aumento, que chegou a ser mais de 67% nos tijolos. Ela conta que teve que estender prazos e se adaptar e priorizar alguns projetos para que a conta do seu orçamento inicial conseguisse fechar.
Na visão dela, o aumento do preço dos materiais se deu por conta da grande procura que o setor teve. A pandemia desacelerou a produção industrial, causando escassez de alguns produtos no mercado, o que faz com que os empresários aproveitem para garantir um lucro maior.
Ela também acredita que o auxílio emergencial tenha influenciado na demanda pelos materiais. “A injeção de dinheiro, com o auxílio emergencial do Governo Federal, fez com que muita gente aproveitasse o valor pra dar uma organizada nas casas”, completa.
Notícias mais lidas agora
- Motorista de aplicativo esfaqueia cliente após briga por cancelamento de corrida em Campo Grande
- Empresário vítima de infarto aos 36 anos fazia uso de anabolizantes esporadicamente, diz irmão
- Idosa é presa e comparsa foge após tentar abrir conta com documentos falsos em agência bancária
- Mulher morre após ser atingida por raio dentro de casa durante temporal em MS
Últimas Notícias
Setor industrial abre 1,6 mil vagas em cursos gratuitos de educação profissional em MS
Em todo o Brasil, o Senai oferta mais de 5 mil vagas em cursos profissionalizantes
Confira quais comissões ‘brilham os olhos’ de vereadores reeleitos para a próxima legislatura
Confira a matéria especial preparada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax sobre o tema
VÍDEO: Mulher é atingida por bala perdida durante tiroteio no Centro de Cassilândia
Homem envolvido no tiroteio também ficou ferido
Precisa fazer compras de Natal? Centro de Campo Grande funciona até às 22h neste fim de semana
Se você ainda não comprou os presentes de Natal, o centro segue com horário estendido até o dia 23 de dezembro
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.