Poucos restaurantes reabrem em Campo Grande nesta sexta com novo decreto de quarentena
As ruas do Centro de Campo Grande seguem vazias nesta sexta-feira (27). Logo, sem clientes, foram poucos os estabelecimentos que aproveitaram para abrir as portas após decreto que determinou flexibilização do funcionamento do comércio na Capital. Logo, as vantagens de seguir recebendo clientes no local ainda são consideradas incertas por quem funcionou nesta manhã. Há […]
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As ruas do Centro de Campo Grande seguem vazias nesta sexta-feira (27). Logo, sem clientes, foram poucos os estabelecimentos que aproveitaram para abrir as portas após decreto que determinou flexibilização do funcionamento do comércio na Capital.
Logo, as vantagens de seguir recebendo clientes no local ainda são consideradas incertas por quem funcionou nesta manhã. Há 20 anos em funcionamento, o restaurante Kapital, que funciona na Rua Rui Barbosa, em frente à Santa Casa, seguiu a determinação do decreto, mas ainda não tem perspectiva de melhoras.
“A gente tinha mais mesas, retiramos muitas. Também diminuímos a produção, por que tem menos procura. Como a rodoviária está fechada, muita gente não vem mais do interior para as consultas. A gente estava fechado, funcionando só por encomenda. A vantagem ainda é incerta, porque não tem clientes”, comenta Camila Silva Dias, de 34 anos, proprietária do estabelecimento.
No restaurante Carandá, localizado na Rua Barão do Rio Branco, abrir as portas ainda não está cogitado e o estabelecimento deve continuar apenas com as encomendas.
“Mesmo permitindo o consumo interno, não estou abrindo. Só entrega de marmitex. Vamos esperar dar uma normalizada e estamos fazendo isso até para nos poupar. Pelo menos até amanhã vamos seguir assim”, comenta José Mauro Bacha, de 40. Ele destaca que teve redução de 80% no consumo presencial. “Mas as marmitas para entrega aumentaram de 25 para 60. Como preferi dispensar 2/3 da equipe para reduzir contato e como não tinham como vir, para mim foi muito impactante. Porém, também reduzi o custo de operação”, comenta.
Na Rua Dom Aquino, Erica Carla Rodrigues, de 46 anos, mantém um restaurante onde o fornecimento de refeições caiu de 300 para 30. “Mantivemos só o público fiel do marmitex”, comenta. Ela decidiu abrir as portas nesta sexta-feira, limitando o público presencial a 30% da capacidade. “Colocamos avisos nas mesas, intercalamos com as que não podem. Estamos na fé para melhorar, mas não tem cliente no Centro”, conclui.
Além da reabertura de restaurantes, Marquinhos destacou que o transporte coletivo, comércios (incluindo shoppings e demais estabelecimentos) seria feita “homeopaticamente”, desde que não ocorresse aumento nas estatísticas de Covid-19 na cidade, que tem a maioria dos casos da doença em MS.
A reabertura deverá ser discutida, ainda, com as associações que representam o setor. Conforme decreto, o funcionamento dos seguintes estabelecimentos será permitido a partir de sexta-feira (27) [com exceção das igrejas, que só poderão abrir na próxima segunda-feira (30)]:
- Restaurantes – O funcionamento será permitido com lotação máxima reduzida em 70% da capacidade normal, ou seja, apenas 30% da capacidade. Também será exigida higienização completa do local antes da abertura e após o término dos trabalhos. Utensílios e máquinas de cartão deverão ser higienizados com produtos como álcool 70%. A distância mínima entre as mesas será de dois metros. Todos os funcionários deverão utilizar equipamentos de proteção individual para prevenção, como luvas e máscaras descartáveis. Também deverá ser feita aferição de temperatura corporal mediante termômetro infravermelho, se possível. Caso alguém apresente febre, não deverá entrar no estabelecimento. A partir da reabertura, serão feitas ‘rondas-surpresa’ nesses locais.
- Casas lotéricas – O horário permitido para funcionamento será das 9h às 17h. Só poderão ser reabertas com higienização completa do local e, depois, de duas em duas horas nova higienização. Todos os funcionários deverão usar máscaras e luvas. O estabelecimento terá a lotação máxima que permita distância de 1,5 metro de um para o outro, incluindo os caixas. Todos os locais devem dispor de álcool gel, senão não poderão reabrir.
- Indústrias – Deverão cumprir notas técnicas, fornecendo lavatórios com água e sabão; orientando os trabalhadores; limpeza e higienização de superfícies; restrição da entrada de pessoas não autorizadas; distanciamento com mínimo de 1,5 metro. As medidas estarão disponíveis com a publicação do decreto no Diogrande.
- Igrejas – A abertura será autorizada somente a partir de segunda-feira (30), obedecendo às seguintes condições: higienização completa do local antes e após utilização; respeitar limite de lotação de uma pessoa a cada 10 metros quadrados; distância mínima de 1,5 metro entre cada pessoa; oferecimento permanente de produtos para higienização das mãos; aferição de temperatura corporal; manter o local totalmente arejado, com todas as janelas e portas abertas; funcionamento das 6h até 19h30; limite de até dois cultos por dia. O prefeito fez questão de, durante a transmissão, ler comentário de internauta dizendo que ‘os templos somos nós’.
- Construção civil – Similares à indústria, com fornecimento de produtos de higienização; limpeza das ferramentas e equipamentos; esterilização de grandes superfícies; restrição da entrada de terceiros, incluindo fornecedores; máximo de 20 trabalhadores, sempre usando equipamentos de proteção.
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