A Subsecretaria de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial do Estado enfatizou durante a abertura da campanha do mês de julho, que a pandemia ressaltou a desigualdade e mazelas que a população negra enfrenta para receber o tratamento contra a doença.

A subsecretária Ana José Alves disse durante a live do Governo de Mato Grosso do Sul, que inicialmente, a doença atingiu pessoas da classe alta e média, que consequentemente, tinham recursos para tratar a doença em hospitais e unidades particulares, porém, quando o contágio atingiu comunidades carentes, a população possui apenas a opção gratuita do SUS (Sistema Único de Saúde).

“A pandemia trouxe todas essas mazelas da desigualdade da população, inclusive, a população quilombola está isolada, está preocupada. Precisamos debater e clamar aos gestores que tenham esse olhar para nossa população”, disse.

A assistente social e técnica subsracial Ângela Vanessa Epifânio, também fez o alerta, ressaltando que a maior parte da população negra está em periferias, favelas e comunidades.

“Bem sabemos que as doenças não são democráticas. A população negra tem enfrentado calamidade no acesso ao tratamento de doenças que são prevalecentes, mas somadas a pandemia, como ficamos? Basta pesquisar, que vemos tem está morrendo mais. Na hora da pandemia, algumas pessoas ficaram chocadas, mas estamos vendo o cotidiano da nossa população”, disse.

A subsecretaria lança pelo 2° ano a campanha no mês de julho; neste ano, o tema é “Vidas de meninas e mulheres negras importam”, em alusão ao dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina-Americana e Caribenha, e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.