O novo fluxo de regulação de pacientes suspeitos ou confirmados da covid-19 consolida uma perda de 32 leitos exclusivos para casos da doença em Mato Grosso do Sul. Destes, 20 são clínicos e 12 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Campo Grande puxa a queda, com 15 camas para casos mais leves da doença a menos. Dourados perdeu os outros cinco leitos clínicos.

Nas UTIs, o maior prejuízo é de Corumbá, que ficou sem sete leitos. Em Três Lagoas são cinco camas para pacientes graves a menos.

O comparativo é com o fluxo de regulação anterior, publicado em 6 de novembro pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) e revogado hoje (4). De lá para cá, Mato Grosso do Sul já registrou mais 18.077 casos de covid-19 e passou das 100 mil ocorrências. Além disso, 170 pessoas morreram vítimas da doença desde então e o Estado já totaliza 1.804 óbitos. Já os índices de ocupação dos hospitais voltaram a beirar os 100%.

Publicado hoje (4) pela SES no Diário Oficial do Estado, o novo fluxo de regulação ainda exclui do Plano de Contingência Estadual os 47 leitos clínicos de retaguarda da Santa Casa de Campo Grande.

Campo Grande tinha 63 leitos exclusivos covid-19 de retaguarda até então. Conforme o novo fluxo de regulação de pacientes, agora conta com 51.

Em resposta à reportagem, a SES atribuiu as mudanças a decisões tomadas pelos municípios durante reunião da CIB (Comissão Intergestora Bipartite). Por outro lado, a Santa Casa disse que SES e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) negociam com o hospital para retomada dos leitos de retaguarda. A casa de saúde inclusive está contratando enfermeiros para reativação dos leitos.

*matéria atualizada às 10h52 para acréscimo de posicionamentos de SES e Santa Casa.