O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pelo Promotor de Justiça Criminal Claudio Rogerio Ferreira Gomes, plantonista nesse fim de semana, recebeu uma relativa ao evento realizado em . Após a denúncia, o evento foi encerrado. Dourados enfrenta a maior alta de casos desde o início da pandemia e soma 11.386 casos.

De acordo com o MPMS, em contato com a Guarda Municipal, houve a confirmação de que o evento havia sido liberado para acontecer. Depois de alinhadas as providências com o Promotor de Justiça plantonista na área cível, Radamés de Almeida Domingos, Claudio Rogerio encaminhou os servidores do MPMS até o local onde era realizada a festa, para a fiscalização, acompanhados de uma equipe da Guarda Municipal.

Entretanto, diante da situação caótica pela qual passa o Município de Dourados e da evidente evolução da pandemia da covid-19, com leitos de UTI com lotação esgotada, como tem sido noticiado, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul solicitou, imediatamente, informações e providências.

O Promotor de Justiça Claudio Rogerio Ferreira Gomes foi informado pela de que um técnico responsável pelo evento apresentou um “croqui”/projeto a uma servidora da Vigilância Sanitária, a qual teria dito que este documento estaria em conformidade com a normatização, viabilizando, então, o evento.

Diante do deslocamento do MPMS, da Vigilância Sanitária e da Guarda Municipal ao local do evento, percebeu-se um movimento de esvaziamento da festa, partindo-se para o encerramento. Quando as guarnições da Guarda Municipal e da equipe da Vigilância Sanitária chegaram, a fiscalização foi realizada com o restante das pessoas que ainda estavam no local. Porém, o MPMS já tem em mãos provas, por meio de vídeos e de fotografias, que evidenciam que o evento gerou patente , de forma descontrolada.

Em outras palavras, segundo Claudio Rogerio: “Durante o evento, não tiveram qualquer controle das regras básicas de distanciamento social no momento em que aumentam o número de casos, o número de mortes e os leitos de UTI, razão pela qual a situação merece ser esclarecida, para apuração de responsabilidades por eventual descumprimento de regras ou medidas sanitárias preventivas”. O Promotor de Justiça cobra a responsabilidade dos organizadores do evento em relação à necessidade de aferição ou quanto à forma pela qual a dita “autorização” ou “aprovação de croqui/projeto” fora realizada junto ao Município de Dourados.