‘Máscara é vestimenta’: secretário pede que população aceite o ‘novo normal’

Além das preocupações focadas na Saúde e na Economia, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) cobra da população mundial uma mudança de comportamento, na qual o bem-estar coletivo também está diretamente relacionado a ações, até então, tidas como pessoais por muitas pessoas. Questões de higiene e de proteção integram esse “novo normal”: além do apelo […]

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Além das preocupações focadas na Saúde e na Economia, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) cobra da população mundial uma mudança de comportamento, na qual o bem-estar coletivo também está diretamente relacionado a ações, até então, tidas como pessoais por muitas pessoas. Questões de higiene e de proteção integram esse “novo normal”: além do apelo constante para se lavar as mãos, o uso de máscaras tende a deixar de ser um fenômeno corriqueiro e, literalmente, integrar-se à etiqueta do cotidiano, como parte do vestuário.

“Máscara é vestimenta. Não se pode achar que é possível ir para a rua sem ela”, sentenciou o secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luiz Eduardo Costa. Para ele, a indumentária fará parte do dia a dia das pessoas da mesma forma que já ocorre, por exemplo, em países asiáticos. No caso da Covid-19, a proteção facial é uma forma de evitar, principalmente, que outras pessoas se contaminam a partir de gotículas vindas de espirros ou da saliva.

A Semadur por ele comandada, realizou nas últimas 3 semanas mais de 8 mil visitas técnicas a estabelecimentos comerciais, a fim de verificar se os decretos baixados pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) para enfrentar a pandemia vinham sendo cumpridos.

Em grande parte dessas apurações, contou Costa, a falta de máscaras por parte de clientes e colaboradores foi a principal queixa apresentada. “É muito importante essa primeira barreira para proteger o outro, principalmente”, afirmou. Em países da Ásia, como Japão e Coreia, o uso das máscaras é comum entre grande parte da população há décadas.

“Lá, tratam [o uso de máscaras] como um ato ético, de etiqueta. Nós aqui o implementando, vamos trazer uma mudança comportamental, ou seja, deve levar um tempo para pegar”, argumentou o secretário, sustentando, nesse sentido, a conscientização como algo mais eficiente que a penalidade a estabelecimentos que não seguem a norma –mas que, caso seja repetida, será aplicada.

Costa ainda compara outras imposições sociais que, com o tempo, passaram a ser seguidas pela população a partir de fiscalização e sanções como multas, como o uso de cinto de segurança ou do telefone celular em veículos ou, ainda, o fumo em locais fechados.

“Hoje não se fuma mais nos shoppings-centers ou restaurantes, e demorou até que acontecesse isso. Falar no celular dirigindo ou usar o WhatsApp ainda é uma coisa que muitas pessoas fazem, mas existem regras, multas, uma série de situações que precisa ser observada”, considerou.

O uso de máscaras, o álcool em gel, o distanciamento social, “que é tão difícil para evitarmos aglomerações”, prosseguiu o secretário, integram essa nova realidade. “O que é importante é que as pessoas entendam que esse ‘novo normal’ nosso no relacionamento social e no comportamento precisa ser regrado todos os dias. Não podemos relaxar”, considerou.

Em Campo Grande, optou-se inicialmente por recomendar o uso de máscaras pela população, mas ela passou a ser obrigatória em diferentes locais –como já ocorre em diferentes cidades–. Nos órgãos municipais, por exemplo, é exigido o uso do aparato.

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