Representantes da se reuniram nesta sexta-feira (17) pela manhã como o comando da Polícia Militar de . Durante o encontro foi tratada da logística que será montada para abrigar 51 agentes que serão encaminhados ao município para acompanhar os conflitos entre indígenas e produtores rurais.

A decisão do envio da Força Nacional foi publicada na edição do Diário Oficial da União de quinta-feira (16 ) em portaria assinada pelo ministro da Justiça Sérgio Moro. A atuação da Força será nas cidades de Caarapó e Dourados.

O documento do também estabelece um prazo de atuação de 180 dias contados a partir de quinta-feira. O pedido foi feito pelo governador depois de serem registrados em Dourados, no dia 3 de janeiro, conflitos entre produtores rurais e indígenas.

Em documento entregue ao secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Correa Riedel, as defensoras públicas federais, Daniele de Souza Osório e Andressa Santana Arce pediram que fosse “garantida a presença de polícia na região em quantidade adequada para coibir ataques violentos e a utilização de armas de fogo por agentes privados contra as comunidades indígenas”.

Segundo as defensoras, os indígenas também afirmaram que a empresa privada de segurança pública utiliza armas de grosso calibre, caminhonetes e um trator blindado (modificado com placas de aço para aterrorizar e destruir as moradias construídas nas áreas. “Diversos teriam sidos os ataques à comunidade durante o ano de 2019, até que na manhã do dia 03 de janeiro de 2020, o confronto resultou em três indígenas e um segurança baleados”, explicam Daniele e Andressa.

Inicialmente os policiais da Força Nacional ficarão instalados no Comando da Polícia Militar de Dourados, conforme estabelece o artigo segundo da portaria. “A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública”.