Filha de taxista morto por adolescente em roubo dorme abraçada a camiseta do pai

“O dia a dia vai ser difícil, mas nossa família está buscando a ajuda de Deus nesse momento”, disse Isis Barbosa de 67 anos, mãe de Luciano Barbosa, o taxista assassinado com um tiro na cabeça, na noite de sábado (25), em Campo Grande. Duas mulheres foram presas pelo crime e um adolescente apreendido, nesta […]

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“O dia a dia vai ser difícil, mas nossa família está buscando a ajuda de Deus nesse momento”, disse Isis Barbosa de 67 anos, mãe de Luciano Barbosa, o taxista assassinado com um tiro na cabeça, na noite de sábado (25), em Campo Grande. Duas mulheres foram presas pelo crime e um adolescente apreendido, nesta segunda-feira (27).

A mãe do taxista muito emocionada pela perda recente do filho contou ao Jornal Midiamax que a neta de12 anos ainda não conseguiu digerir a morte do pai, “Ela não quis ir nem no velório para não ficar com a imagem do pai naquele momento”. Isis ainda disse que a menina teria pegado uma camiseta do pai, colocado o perfume dele e passado a dormir abraçada a roupa.

“Vou sentir muita falta na hora de colocar a mesa, e ao invés de quatro pratos colocar apenas três”, disse a idosa. Sempre falava que tinha muita sorte de ter a família que construí disse dona Isis, que ainda agradeceu o empenho da polícia em encontrar seu filho e depois os autores do crime.

A irmã do taxista, Andréia Barbosa de 46 anos falou que o pai não quer mais ser taxista e nem chegar perto do carro que usava para trabalhar, “Ele pega o celular e liga para o Luciano como se estivesse conversando com ele”, falou. Revoltada, Andreia afirmou que se o adolescente que atirou na cabeça de seu irmão estivesse preso, sua família não estaria passando por isso. “Sabia que estava fazendo coisa errada. Já tinha histórico”, ressaltou a irmã de Luciano. Ela ainda contou que ele (Luciano) era muito tranquilo e que sua vida era o trabalho e a família.

No último dia de vida de Luciano, a irmã contou que ele passou o dia com a mãe a ajudando a confeccionar máscaras por causa da pandemia do coronavírus, e que todos almoçaram juntos e ele ainda teria recebido a visita de um amigo de profissão, feito uma corrida e depois voltado para casa, antes de sair para sua última corrida.

“O que nos dá tranquilidade é saber que a Justiça divina vai ser feita”, finaliza Andréia com a voz embargada ao se lembrar de seu irmão.

Latrocínio

Luciano Barbosa foi assassinado com um tiro na cabeça após o roubo de seu veículo Volkswagen Virtus. Ele teria aceitado fazer uma corrida de táxi para um casal, que solicitou a rota de um shopping da cidade até o Jardim Carioca, segundo contou o irmão da vítima, Lucas Barbosa.

Luciano teria dito para a irmã antes de sair que aceitaria porque deveriam ser trabalhadores, já que sairiam do shopping para o bairro. A identidade da mulher que fez o pedido da corrida foi informada para polícia pela cooperativa onde o taxista trabalhava. A vítima era taxista há 20 anos.

O corpo do taxista foi encontrado na manhã de domingo (26) em um matagal, no prolongamento da Avenida Duque de Caxias, já na região do Indubrasil, em Campo Grande. Havia uma marca de tiro na cabeça de Luciano. A irmã do taxista foi quem procurou a polícia na madrugada de domingo, para denunciar o desaparecimento.

O carro do taxista foi achado pouco antes do corpo, no bairro Santa Emília sem nenhuma das rodas. Cerca de 20 taxistas, que desde a madrugada ajudavam nas buscas do colega, foram para o local onde o corpo foi encontrado.

A prisão das duas mulheres de 19 e 21 anos e apreensão do adolescente de 17 anos aconteceu nesta segunda-feira (27).

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