‘Esta péssima a situação’: funcionários de call center reclamam sobre negligência de empresas

Após desrespeitar a quarentena em Campo Grande, proposta em decreto de emergência pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), uma empresa de call center foi fechada e dispensou funcionários nesta sexta-feira (20). Porém, há depoimentos de funcionários de outra empresa, com o mesmo serviço, alegam que foram obrigados a continuarem trabalhando. “(…) fomos obrigados a vir trabalhar. […]

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Após desrespeitar a quarentena em Campo Grande, proposta em decreto de emergência pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), uma empresa de call center foi fechada e dispensou funcionários nesta sexta-feira (20). Porém, há depoimentos de funcionários de outra empresa, com o mesmo serviço, alegam que foram obrigados a continuarem trabalhando.

“(…) fomos obrigados a vir trabalhar. Tem muito mais de 20 pessoas”, disse uma das funcionárias que não revelou sua identidade.

O Call Center BTCC Conexão Cliente, localizado na rua Rui Barbosa, não teria respeitado o decreto municipal que proíbe a aglomeração de mais de 20 pessoas em um ambiente fechado. A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e a Vigilância Sanitária estiveram no local e emitiram um ofício para que se adequem o local de trabalho.

“Na empresa Telemont, que fica no mesmo prédio da Rui Barbosa, não estão liberando os funcionários e nem reduzindo. Ontem, quando a polícia estava na BTCC, eles começaram a tirar computadores e mandar para a empresa da rua Tapajós. E ligou para os funcionários que iam entrar ir para outro. Assim, ia reduzir a quantidade de pessoas aqui. Hoje é plantão e tem menos gente porque é fim de semana, mas ainda assim ultrapassa a quantidade de pessoas: deve ter uns 40 funcionários”.

Além disso, reclamam da falta de higienização do ambiente. “Esta péssima a situação. O banheiro está sujo e sem sabonete. Apenas tiram o lixo dos cestos, mas o chão é imundo”, aponta outro funcionários que não quis se identificar.

'Esta péssima a situação': funcionários de call center reclamam sobre negligência de empresas
Funcionários também reclamam da falta de limpeza nos banheiros. (Foto: Leitor Midiamax)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou em mais uma transmissão nas redes sociais nesta sexta-feira (20) a paralisação do transporte coletivo em Campo Grande pelos próximos 15 dias. A medida está incluída na série de restrições feitas para conter o avanço do novo coronavírus COVID-19.

Sobre isso, os funcionários de outra empresa de call center, localizada no bairro Vila Rica, também alegam falta de responsabilidade da empresa, pois segundo a mesma, disponibilizarão vans para não deixarem de ir trabalhar.

“Diante dessa pandemia que assola todo o mundo, e das medidas que estão sendo tomadas (…) estão fazendo um desserviço à toda população, colocando a saúde de nossos familiares e amigos em risco, ‘disponibilizando’ vans, que são bem menores que o ônibus, para realizar o transporte de todos os seus funcionários”, destacam.

O prefeito também anunciou a paralisação do transporte coletivo em Campo Grande pelos próximos 15 dias. A medida está incluída na série de restrições feitas para conter o avanço do novo coronavírus (COVID-19). Mesmo após suspensão dos ônibus, o Consórcio mantém apenas para trabalhadores da Saúde.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Luís Eduardo Costa, foi criado um comitê de fiscalização para que o decreto decreto n.º. 14.199, publicado pelo prefeito no Diário Oficial do Município, seja cumprido.

Ao Jornal Midiamax, o secretário ainda destacou a importância da denúncia nesse momento. “Todos os estabelecimentos que estiverem funcionando com mais de 20 pessoas dentro, que não estejam cumprindo o decreto e desrespeito as recomendações devem ser denunciados. Nós faremos a fiscalização e o responsável por inclusive perder o alvará”, disse.

A denúncia deve ser feita diretamente na Vigilância através do telefone (67) 3314-9955. ou no Procon Municipal através do (67) 98469-1001.  A fiscalização é feita por equipes da Semadur, Vigilância Sanitária, Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento) e apoio da GCM (Guarda Civil Metropolitana).

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