Dos memes para os estudos: Grupos são novo incentivo para alunos durante a quarentena
Antes do período de quarentena, os grupos de estudantes nas redes sociais serviam apenas para ‘zoação’ e troca de conteúdo quando a semana de provas se aproximava. No entanto, durante o isolamento para evitar contágio pelo Covid-19, o novo coronavírus, os alunos de todas as idades usam essa ferramenta para debater e trocar informações de […]
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Antes do período de quarentena, os grupos de estudantes nas redes sociais serviam apenas para ‘zoação’ e troca de conteúdo quando a semana de provas se aproximava. No entanto, durante o isolamento para evitar contágio pelo Covid-19, o novo coronavírus, os alunos de todas as idades usam essa ferramenta para debater e trocar informações de atividades.
Para a estudante do ensino fundamental Kethelyn Vieira, de 16 anos, estuda no 2° ano do ensino médio e afastada da sala de aula há mais de um mês devido a suspensão das aulas nas escolas estaduais, ela não vê as amigas e ‘mata as saudades’ estudando junto com elas pelos grupos do WhatsApp e do Facebook.
“Por causa da quarentena não vi mais as minhas amigas e não pudemos mais nos reunir para fazer as atividades da escola. Mas aí a gente vai trocando informações e consegue estudar. A gente aproveita para fazer vídeochamada também e aí já pego meu caderno e a gente estuda”, disse a adolescente.
A rotina de estudos no meio virtual também é realidade para os universitários. Sem aula presencial desde o final do mês de março, os alunos precisam ‘dar seus pulos’ para conseguir entregar as atividades no prazo e absorver ao máximo o que é passado pelos docentes.
Cursando o penultimo semestre de Educação Física, Felipe de Sá, de 25 anos, diz que os grupos de amigos tem sido um grande aliado na troca de informações dos alunos. Os grupos, que já tinham antes da quarentena, agora servem como um grande ‘vai e vem’ de conteúdos das aulas.
“Quase todos os professores estão usando o Zoom para transmitir as aulas e alguns o Google Classroom para enviar os conteúdos e formular os questionários. Nos grupos a gente discute bastante as matérias. Quando tem conteúdo importante na aula on-line, já tiramos print e mandamos na hora no WhatsApp da sala”, afirmou.
Apesar de lamentar a quarentena e a incerteza de quando deverá retornar às aulas presenciais, Felipe relata que os esforços são diários para absorver ao máximos os conteúdos. “Algumas pessoas da sala fazem grupo de estudo pequeno. Eu mesmo tenho um com meu amigo, onde a gente discute as atividades e desenvolve os trabalhos”, contou.
A rotina de estudos de Mariana Lara, de 19 anos, também não é diferente. Com as redes sociais com um grande auxílio nos estudos, todos os acadêmicos tem se ajudado. “A gente usa o grupo para debater e discutir. Todo mundo se ajuda na matéria que um perde e o outro passa principalmente porque é bem difícil assistir as aulas on-line”, pontou a estudante de Direito, afirmando que é complicando acessar a plataforma de estudos.
Redes sociais e ferramentas são auxílios a professores
Se os meios virtuais têm sido importante para os alunos, isso não seria diferente para para os professores. De acordo com o professor Me. Hugo David Santana, coordenador do curso de Ciências Contáveis da Unigran Capital, durante o período de quarentena, a faculdade se manteve usando ferramentas virtuais para dar continuidade às aulas.
Além das aulas em tempo real, o professor diz que os vídeos são disponibilizados na plataforma Classroom, assim como as atividades. Mas além desses serviços voltados especialmente para as aulas, o WhatsApp não fica de fora e também é citado como importante meio de estudos para os alunos durante o isolamento social.
“Trabalhando desta maneira estamos conseguindo que os acadêmicos acompanhem os conteúdos e evitem de perder o semestreletivo. Nesse sentido as aulas tem acontecido nesse ambiente virtual conforme os horários de aulas estabelecidos pelas coordenações de cursos”, comentou o mestre.
O professor ainda destaca que os alunos têm sido receptivos com as aulas e participando ativamente. Como exemplo, Hugo cita a avaliação da P1 que aconteceu em abril e 90% dos alunos matriculados fizeram a prova em ambiente virtual.
Vale acrescentar que as universidades e faculdades de Campo Grande seguem sem data para retorno das aulas presenciais.
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