O médico Alexandre José do Nascimento, brasileiro de 49 anos que foi repatriado de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, no último dia 5, já se recuperou do novo coronavírus. Nascimento chegou ao Brasil naquela data após uma força-tarefa envolvendo o Corpo de Bombeiros de MS, que atendeu apelo da família do médico.

Naquela ocasião, uma aeronave foi enviada para Santa Cruz de La Sierra com quatro tripulantes – piloto, copiloto, médico e enfermeiro – e os equipamentos foram fornecidos pelo Hospital Regional. Ao chegar em solo sul-mato-grossense, o paciente então foi levado para o Hospital Regional em uma viatura do Corpo de Bombeiros através dos exames realizados ele teve o diagnosticado para coronavírus confirmado e segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no HR.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o paciente foi encapsulado em uma maca fechada hermeticamente sem contato com o ambiente externo, como se fosse uma incubadora de bebê, acoplada à aeronave e qualquer contato é feito através de ventosas. Após o transporte do paciente, a aeronave e a viatura passaram por desinfecção. Piloto, copiloto, médica e enfermeiro que atenderam a ocorrência foram colocados em quarentena por 7 dias e serão testados antes de voltarem ao trabalho

“Fiquei consciente todo e tempo e o que vi dentro daquele CTI foi um atendimento humanizado. Eu, que sou médico (buco-maxilo), já vivenciei a rotina de vários hospitais, mas nenhum se iguala ao Hospital Regional. Mesmo sendo um hospital público é notável o preparo da equipe, que a todo momento nos atendia de forma igual, não apenas a mim, mas a todos os pacientes que estavam no CTI. Não presenciei uma entonação diferenciada, o tratamento era igual a todos”.

Os médicos intensivistas Claudinei Rezende e Alcione Balsanelli foram os responsáveis pelo tratamento clinico do paciente que deu entrada no CTI por dispneia (falta de ar). Durante o tratamento, Alexandre fez uso de máscara com reservatório por dois dias, passado para cateter de oxigênio. Com o protocolo de manejo clínico instituído pelo Hospital, o paciente teve uma rápida e significativa melhora, e não foi necessário o uso de ventilador mecânico.