Após publicação do decreto que permite a reabertura dos restaurantes, os estabelecimentos começaram a reabrir as portas na cidade. Na manhã dessa quinta-feira (2), a reportagem do Jornal Midiamax percorreu as ruas do Centro para verificar o que mudou com as novas regras de funcionamento e no dia a dia dos trabalhadores.
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Erica Carla de 46 anos, é proprietária de um restaurante na Rua Dom Aquino. Ela relata que para atender as demandas do decreto, teve que alterar rigorosamente a sua rotina de trabalho. O espaço que antes comportava 120 pessoas, agora só permite 30 clientes. Nas mesas, a escrita de “reservado” delimita a distância de segurança de uma mesa para outra. Além disso, também houve uma queda brusca no movimento, de 560 pratos e marmitas em dias normais, para o máximo de 240 com a atual pandemia.
Em outro restaurante situado na região central, Odair Camargo de 45 anos, tenta equilibrar as dívidas com a falta de giro do caixa. “Antes da paralisação meu restaurante vendia cerca de 700 pratos, hoje se vender 100 é muito”, disse ele. O proprietário também relatou a forte queda no faturamento, que chegava até R$ 5 mil. Mas depois do fechamento do comércio, não passou dos R$ 800,00.
De acordo com ele, os funcionários orientam cada cliente que entra sobre as medidas de segurança. Mas nem é preciso lembrar da distância, com atual situação, está sobrando espaço no salão.
Um dono de restaurante que não quis se identificar, relata com tristeza a queda de 70% no volume das vendas. Com uma tradição familiar que vem de pai para filho, o restaurante está desde 1955 no ramo da alimentação.

Para atender as regras, o sócio proprietário diminuiu a capacidade de atendimento de 120 para 35 pessoas, além de disponibilizar álcool em gel para os clientes e funcionários. Com um faturamento que já foi R$ de 5 mil, ele conta que está tentando evitar demissões, mas que está complicado com as vendas chegando a no máximo R$ 1,2 mil.