Começou na madrugada desta segunda-feira (30) o serviço de barreira sanitária no Aeroporto de Campo Grande, uma medida para combater a disseminação do coronavírus. A primeira abordagem aconteceu durante a madrugada, em um voo vindo de Guarulhos (SP).

De acordo com o protocolo para a realização da barreira sanitária, os passageiros são recepcionados pelas equipes logo na saída da sala de desembarque. Eles são comunicados sobre o motivo da abordagem e depois são encaminhados para uma área de triagem.

Os servidores questionam se os passageiros possuem algum sintoma de coronavírus e verificam a temperatura do corporal com o uso de um termômetro digital infravermelho. Os passageiros sintomáticos e assintomáticos serão separados.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Veruska Lahdo, explica que os casos suspeitos sintomáticos, ou seja, que possuem sintomas de doenças respiratórias, deverão preencher formulário e um termo de compromisso de apresentação obrigatória ao serviço de saúde.

“Essas pessoas terão que ir até uma unidade de saúde o mais rápido possível para passar pela avaliação de um médico e se necessário realizar o exame para Covid-19, além de adotar as medidas de isolamento recomendadas”, disse.

Os casos não suspeitos, assintomáticos, mas que tenham tido contato com casos suspeito no município ou dentro da próprio aeronave, deverão cumprir isolamento voluntário por sete dias. “Além, é claro, de ter que seguir à etiqueta respiratória, realizar a higienização correta das mãos e evitar aglomerações”, complementa a superintendente.

Medidas de contenção

Desde a semana passada, ônibus de passageiros não chegam mais a Capital devido ao fechamento estação rodoviária, medida esta necessária para evitar a disseminação do vírus.

Antes de assinar o decreto prevendo a implantação da barreira sanitária no aeroporto, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) se reuniu com a promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, titular da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública. A representante do Ministério Público avaliou a medida como positiva e necessária para preservar a saúde da população.

O decreto prevê punições administrativas e até penais para quem se recusar a passar pela triagem. A implementação da barreira sanitária, além das equipes da Secretaria de Saúde, contará com fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Pública, além da Guarda Civil Metropolitana.