Começa obra de biofábrica de mosquitos ‘antidengue’ em Campo Grande
Aedes aegypti produzidos no local terão bactéria que impede transmissão da dengue, zika e chikungunya; liberações começam em setembro.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Já estão em andamento as obras para construção da biofábrica de mosquitos antidengue em Campo Grande. A estrutura funcionará ao lado do Lacen (Laboratório Central), na Vila Ipiranga, e produzirá mosquitos Aedes aegypti contaminados com uma bactéria que impede a procriação. A unidade deve começar a operar em agosto.
A biofábrica integra o WMP (World Mosquito Programa), conduzido no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com apoio do Ministério da Saúde, Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande. A reforma do espaço de cerca de 100 metros que abriga os criadouros deve durar 60 dias.
A estrutura abrigará salas para produção de mosquitos antidengue (com a bactéria Wolbachia), triagem de larvas usadas no monitoramento e preparação do material a ser enviado para a sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para testes. Devem ser produzidos 1,5 milhão de mosquitos com a bactéria por semana na fábrica.
“Essa produção irá atender o município de Campo Grande e também as pesquisas que são feitas para manutenção da colônia e viabilidade do Método Wolbachia”, disse o líder do projeto no Brasil, Luciano Moreira.
Ele ainda explicou que as liberações de mosquitos “fabricados” são temporárias, uma vez que, com o tempo, os mosquitos vão se reproduzir e transmitir a Wolbachia, reduzindo gradualmente a transmissão de dengue, zika vírus e de febre chikungunya.
Como o mosquito antidengue trabalha
O método Wolbachia deve ser implementado em Campo Grande ao longo de 3 anos. Mosquitos da cidade foram capturados e levados ao Rio, onde procriaram com outros insetos já infectados com a bactéria –isso permitiu que um mosquito com as características da cidade porte o anticorpo, que impede a reprodução do Aedes.
A técnica não envolve modificação genética e deve complementar as ações realizadas para enfrentamento do Aedes (como o extermínio de larvas e criadouros). Espera-se que os primeiros mosquitos infectados sejam liberados em setembro.
A Wolbachia está presente em 60% dos insetos da natureza, mas não no Aedes aegypti. A bactéria impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no mosquito, que deixa de transmitir essas doenças. Com o tempo, insetos infectados substituem a população de mosquitos com esses vírus.
As liberações ocorrerão em 6 fases, cada uma durando de 16 a 20 semanas. Os primeiros bairros a receber a iniciativa global estão no sul da cidade: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Semana começa com 3556 vagas de emprego em Mato Grosso do Sul
São 956 vagas para a capital que abrangem diversas áreas e níveis de escolaridade
Com feira de adoção e desfile de pets, ação em shopping de Campo Grande reforça combate ao abandono animal
Evento foi realizado no shopping Bosque dos Ipês, na tarde deste sábado (14)
Grupo especializado em roubo de camionetes é ligado a facção e usava codificador de chaves
Investigações mostram que ordens de furtos vinham de presídio de Mato Grosso
Lula segue internado e fará exames de sangue, diz boletim médico
Alta está prevista para a próxima semana
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.