Campo Grande tem o pior isolamento social entre capitais e coronavírus avança em MS

No momento em que o novo coronavírus (Covid-19) apresenta sua maior expansão em Mato Grosso do Sul, Campo Grande voltou a figurar como a capital brasileira de pior índice de isolamento social. Já o Estado teve a quinta pior marca do país.

Dados da consultoria In Loco mostram que, no domingo (14), 45,24% dos campo-grandenses seguiram a orientação das autoridades de Saúde e ficaram em casa, evitando contato com outras pessoas.

Campo Grande superou Goiânia (GO), que durante semanas esteve a liderança do ranking e marcou 45,31% no domingo, e São Luís (MA), que após o fim do lockdown há algumas semanas viu os percentuais de isolamento despencarem.

Taxas estaduais

Embora os números de Campo Grande sejam os piores entre as capitais, dentro de Mato Grosso do Sul significam apenas o 25º pior isolamento social –ou seja, 24 cidades conseguiram ter percentuais ainda piores, entre elas Cassilândia (42,6%), que nesta segunda-feira (15) entrou para as estatísticas da Covid-19 do Estado ao ter seu primeiro caso confirmado, e Deodápolis (36,9%), que registrou a primeira morte pela doença.

A “boa” notícia é que nenhuma cidade ficou abaixo dos 30% de adesão ao isolamento social, defendido por autoridades de Saúde como meio mais eficiente de evitar o contágio pelo coronavírus (já que, ao não sair de casa, a pessoa evita de se expor ao micro-organismo ou de o transmitir a terceiros).

Contudo, para funcionar, o percentual deve superar os 60%, marca que não foi atingida por nenhuma cidade de Mato Grosso do Sul.

Os cinco piores índices do Estado saíram de Bandeirantes (30,1%), Deodápolis, Pedro Gomes (39,2%), Inocência (39,4%) e Glória de Dourados (39,8%). Já os cinco melhores saíram de Jaraguari (57,7%), Douradina, Sete Quedas e Batayporã (56% cada) e Corguinho (55,1%).

Já Mato Grosso do Sul teve taxa de isolamento social média de 45,9%, abaixo da nacional (48,9%). Nesta segunda-feira, o Estado totalizou 3.551 casos por Covid-19, com 33 mortes.

Sergipe (43,78%), Goiás (44,48%), Maranhão (44,48%) e Tocantins (44,57%) tiveram indicadores piores que o do Estado conforme a In Loco, que monitora a movimentação das pessoas a partir dos sinais de telefones celulares.