Após três meses, medo e desemprego são reflexos do Isolamento social
Entre os meses de março e abril, o Brasil perdeu 1,487 milhão de empregos formais, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Em Campo Grande, esse período corresponde à primeira recomendação municipal sobre o fechamento de academias e shoppings, até o início da reabertura parcial do comércio. Na tarde de quinta-feira (2), […]
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Entre os meses de março e abril, o Brasil perdeu 1,487 milhão de empregos formais, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Em Campo Grande, esse período corresponde à primeira recomendação municipal sobre o fechamento de academias e shoppings, até o início da reabertura parcial do comércio.
Na tarde de quinta-feira (2), a equipe do Jornal Midiamax percorreu as ruas da cidade com objetivo de transformar esses números em histórias.
Um deles estava na porta da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul). Thiago das Neves, de 26 anos, era a única fonte de renda da família. Trabalhava como entregador em uma cervejaria da cidade, mas foi dispensando por conta da pandemia, junto com quatro colegas de trabalho.
Pai de duas crianças, de 5 e 6 anos, ele foi naquele dia dar entrada no seguro desemprego e relatou a dificuldade causada pelos reflexos econômicos causados pela Covid-19. “Querendo ou não, todo mundo perdeu. Não somos ricos, de um lado o fechamento acabou prejudicando”.
Em uma situação semelhante, Nilva Feitosa, de 41 anos, é uma das brasileiras que sofreu com o dano colateral da pandemia. No dia 20 de abril, ela foi dispensada do ateliê de costura que trabalhava.
Segundo ela, as lojas do antigo patrão estavam todas fechadas, não tinha como vender as roupas produzidas no local, então, a solução foi dispensar alguns funcionários. Com a falta de trabalho o medo começou a bater. “Só tenho mais dois meses de seguro. Estou preocupada em não conseguir mais emprego, porque só tenho essa profissão de costureira ”, desabafou.
Na região do Nova Lima, vender acessórios para carro foi a solução encontrada por Ronaldo de Souza, de 43 anos. Após 18 anos como carpinteiro profissional, ele foi demitido em março pela empresa de engenharia onde prestava serviço. “A obra ficou parada por duas semanas , foram manando embora até chegar minha vez, cerca de 150 colegas foram demitidos”, contou.
Desempregado, teve de devolver o carro por não ter condições de pagar a parcela. Com o dinheiro do acerto, comprou capa de banco, tapete, suporte para celular e outros itens, para trabalhar como ambulante enquanto não consegue trabalho em sua área.
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