Após protestos e reunião, Prefeitura mantém comércio fechado em Campo Grande

Após uma reunião com representantes de lojistas de Campo Grande, neste sábado (28), a Prefeitura decidiu manter fechado o comércio da cidade, apesar de os comerciantes se dizerem frustrados com a falta de medidas práticas para aliviar a situação financeira de pequenos lojistas que foram obrigados – por decreto – a fecharem as portas, como […]

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Após uma reunião com representantes de lojistas de Campo Grande, neste sábado (28), a Prefeitura decidiu manter fechado o comércio da cidade, apesar de os comerciantes se dizerem frustrados com a falta de medidas práticas para aliviar a situação financeira de pequenos lojistas que foram obrigados – por decreto – a fecharem as portas, como medida para desacelerar o avanço da pandemia de coronavírus no Mato Grosso do Sul.

A reunião foi feita na esteira de uma carreata anti-quarentena, que aconteceu ontem, em Campo Grande, após o presidente Jair Bolsonaro se manifestar, em rede nacional, contra medidas adotadas por governadores e prefeitos que ele julgou radicais na luta contra a contaminação por Covid-19.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande, Adelailo Vila, se disse frustrado com a postura do prefeito Marquinhos Trad (PSD), após a reunião. Em entrevista ao Jornal Midiamax, Vila afirmou que não foram apresentadas medidas práticas para os pequenos comerciantes que estão sendo duramente afetados pela quarentena.

Adelailo explicou que os lojistas já vinham sendo pressionados pela fraco desempenho da economia nos últimos anos e que muitos já viam seus estoques afetados pelas obras de restauração do Centro nos últimos meses. “Na área central, mais de 5 mil CNPJs foram prejudicados pelas obras”, afirmou.

Ele cobrou agilidade por parte da Prefeitura na apresentação de um projeto de lei junto à Câmara Municipal, que permitiria a suspensão do pagamento de IPTU e ISS pelos comerciantes que tiveram de fechar as portas. Ainda de acordo com o presidente da CDL, foi pedida a elaboração de uma campanha para que seja resolvida a questão dos lojistas locadores de imóveis, que, segundo Vila, corresponderia a 90% da categoria. “Como estamos cumprindo um decreto municipal, não estamos conseguindo cumprir os contratos de aluguéis”, disse.

A CDL ainda afirmou que os recursos prometidos pelo Governo Federal para aliviar a situação dos comerciantes não estão chegando aos pequenos lojistas e que os bancos estão, inclusive, restringindo o crédito.

Adelailo ainda disse que o prefeito foi injusto ao associar os comerciantes à carreata embalada pela campanha de Bolsonaro na sexta-feira, em entrevistas concedidas à TV, e pediu retratação.

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