Após flagrantes de aglomeração e atrasos, Marquinhos diz que ‘fará estudos’ antes de voltar ônibus

Com frequentes relatos de irregularidades, como aglomeração de passageiros no interior dos ônibus, atrasos das linhas, veículos insuficientes e até passageiros que retiram máscaras após embarcarem nos veículos, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirmou que a Prefeitura vai elaborar estudo para a retomada do regime normal de funcionamento dos ônibus na Capital.

Atualmente, segundo o prefeito, a frota que circula é de 70% dos cerca de 541 veículos das quatro empresas do Consórcio Guaicurus. No início da pandemia, apenas profissionais da saúde podiam usar os veículos. Com o afrouxamento das restrições, diversos setores do comércio já funcionam na cidade, em regime especial, com o apoio de planos de biossegurança e, consequentemente, a demanda pelo transporte público aumentou.

Com isso, a Prefeitura editou decreto que permitia certa quantidade de passageiros em pé e determinou uso obrigatório de máscaras de proteção. No entanto, o Jornal Midiamax recebeu diversos flagrantes de veículos lotados, que chegaria a esta situação após os motoristas passarem dos pontos de fiscalização – estações de embarque Peg Fácil e terminais de ônibus.

Segundo o prefeito, os órgão municipais estão em planejamento para a retomada dos veículos em regime de normalidade. Marquinhos não deu detalhes sobre as medidas, prazos ou se ônibus com lotação máxima de passageiros voltarão a circular, e relativizou as denúncias.

“A frota hoje já está em torno de 70% e a partir do momento que os regramentos vão aumentando os percentuais [de uso], a gente, com certeza absoluta, vai planejando. Ontem foram feitas mais de 32 mil viagens e tivemos 9 reclamações. Então, é um número [de reclamações] que está ali dentro da faixa”, disse.

Questionado sobre o incremento de passageiros com a retomada de parte do funcionalismo público, o prefeito destacou que boa parte dos funcionários estão afastados, por estarem em grupos de risco ou terem mais de 60 anos, e que os cerca de 1.400 funcionários que retornam estão divididos em turnos, para diminuir o impacto.