Denúncia do Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Fundação UFMS e IFMS) recebida nesta terça-feira (31) afirma que o HU-UFMS (Hospital Universitário Rosa Maria Pedrossian) não estaria dispensando EPI (Equipamentos de Proteção Individual) a funcionários.

Conforme as informações, divulgadas pela assessoria, o sindicato visitou as instalações na tarde da segunda-feira (30) e flagrou diversos trabalhadores sem o uso dos itens de segurança.

“Diversos pedidos de ajuda e denúncias têm chegado ao Sista-MS, que é o sindicato da categoria, feitas, inclusive, por médicos e enfermeiros. Eles temem uma contaminação em massa desses profissionais, com o covid-19, como aconteceu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo”, traz comunicado do sindicato enviado à reportagem.

As imagens fornecidas pelo Sista-MS trazem desde terceirizados a demais profissionais da saúde sem as máscaras. Estes, porém, não foram registrados em atendimento ou próximo a pacientes – ocasião na qual a OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta o uso dos EPI – mas transitando em corredores.

O Sista-MS também informou que tomou a iniciativa de comprar 100 máscaras protetoras e que as doou a servidores do Hospital.

Funcionários

A assessoria do HU-UFMS nega a falta dos equipamentos. Segundo comunicação enviada ao Jornal Midiamax, máscaras estão à disposição, porém, eventualmente, nem todos seguiriam as recomendações e orientações dadas pela direção do hospital. O HU-UFMS também pontuou que os funcionários somente são obrigados a utilizar as máscaras quando estão em atendimento.

“Não temos condições de fiscalizar todos os colaboradores o tempo todo. Eventualmente, algum colaborador pode ter retirado o EPI quando foi visto por algum membro do Sista”, informou o hospital, por meio de nota.

Sindicato denuncia falta de equipamentos de proteção, mas Hospital Universitário nega
Imagem fornecida pelo HU-UFMS mostra funcionária com uso do EPI | Foto: Divulgação | HU-UFMS

O Hospital Universitário ainda destacou que tem estoque para todos os colaboradores até mesmo desde antes do início da pandemia do novo coronavírus. “Recebemos doações de máscaras do Sista e também de pessoas físicas. Também fizemos o empenho no valor de R$ 3,8 milhões, para compras de mais EPI e fármacos para termos estoque por pelo menos 6 meses. Ou seja, reiteramos, há sim máscaras para todos os colaboradores do Humap”, acrescenta a nota.

Ainda segundo o hospital, o fornecimento das EPI a colaboradores terceirizados é de responsabilidade das empresas contratadas (Liderança Limpeza e Conservação Ltda) e que o fornecimento ocorre corretamente, visto que, do contrário, poderia haver rescisão contratual.

“Lamentamos que o Sista queira, neste momento, fazer política com denúncias infundadas”, conclui a comunicação.

*Editada às 12h02 para correção de informação