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Cotidiano

Após ataque de pit bull, moradores afirmam que cães soltos em parque é rotineiro

Após um cachorro da raça pit bull atacar um homem de 42 anos na última sexta-feira (24) no Parque Jacques da Luz, nas Moreninhas, em Campo Grande, moradores relataram que ver animais soltos no parque é rotineiro, apesar de aviso proibindo a presença de animais no local. Ao Jornal Midiamax, a autônoma Cristiane de Souza, […]
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Apesar de proibida a entrada
Apesar de proibida a entrada

Após um cachorro da raça pit bull atacar um homem de 42 anos na última sexta-feira (24) no Parque Jacques da Luz, nas , em , moradores relataram que ver animais soltos no parque é rotineiro, apesar de aviso proibindo a presença de animais no local.

Após ataque de pit bull, moradores afirmam que cães soltos em parque é rotineiro
Cristiane | Foto: Leonardo de França

Ao Jornal Midiamax, a autônoma Cristiane de Souza, de 32 anos, o ataque pode não ter surpreendido quem frequenta o parque, pois a constância de cães de grande porte soltos do espaço público é comum.

“Ninguém deveria trazer cachorros aqui já que é proibido, mas as pessoas acabam entrando com animal. Cansei de ver pessoas com cachorros grandes aqui e, por medo de ataque, acaba que passei a vir pouco aqui”, disse Cristiane, que acompanha a filha de 8 anos ao parque para a aulas de ballet.

O medo do contato das crianças com os cães soltos no parque é uma das preocupações de Ana Paula, de 31 anos, que leva a filha para brincar no parque. “Ela não pode ver um cachorro que já quer brincar e fazer carinho, por isso sempre tomo cuidado. Tem gente que entra com eles [cachorros] na coleira e depois solta. As vezes o cachorro é grande e o dono nem aguenta segurar”, comentou.

Após ataque de pit bull, moradores afirmam que cães soltos em parque é rotineiro
Amanda | Foto: Leonardo de França

Amanda Anunciação, de 24 anos, disse à reportagem que também espera a filha sair da aula de ballet para levá-la em segurança para casa, pois a frequência de animais soltos no parque é comum. “Apesar de ter placa, ninguém respeita, assim como carros, que não podem entrar, mas aqui vive cheio estacionado”, pontuou.

Cão solto pode render multa

Deixa animais soltos na rua com riscos de potencial agressão, transmissão de doenças ou danos a outras pessoas, pode render multa ao proprietário, conforme Lei Complementar nº 79/2005 e do Decreto nº. 9.882/2007.

O Artigo 16º do decreto obriga que todo cachorro ao ser conduzido em vias públicas de Campo Grande deve obrigatoriamente, usar enforcador ou coleira e guia, adequadas ao tamanho e estar devidamente registrado no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Além disso, o condutor precisa ser maior de 18 anos e possuir força suficiente para controlar os movimentos do animal.

Caso contrário, o proprietário estará cometendo uma infração sanitária e passível de multas e penalidades. O artigo seguinte determina que haja barreiras físicas para impedir que os animais fujam das casas, agridam pessoas e outros animais. O proprietário deve providenciar tais medidas de contenção, caso a residência não possua.

Já se um animal for encontrado solto nas ruas ou sem a condução por enforcador ou coleira e guia, poderá ser capturado pelo CCZ e resgato pelo proprietário após o pagamento das taxas estabelecidas. O prazo máximo para o proprietário resgatar o animal é de três dias úteis.

Para cada dia que o animal ficar sob a responsabilidade do CCZ, será cobrado uma taxa de para cobrir os custos pela manutenção no animal no local. Se um dia, R$ 33,73; dois dias R$ 35,71; e, três dias R$ 37,69. Se o animal solto em vias públicas morder pessoas ou outros animais, o proprietário somente poderá obter a liberação do mesmo mediante o recolhimento de 10 vezes o valor total das taxas referente a permanência no CCZ e a taxa de microchipagem.

‘Mandei ele pegar mesmo’ diz dono de pit bull

O técnico de manutenção de ar condicionados de 20 anos disse à reportagem do Midiamax que realmente ordenou que seu cachorro pit bull avançasse contra um homem de 42 anos, nesta sexta-feira (24) no Parque Jacques da Luz, no Bairro Moreninhas em Campo Grande.

Após ataque de pit bull, moradores afirmam que cães soltos em parque é rotineiro
Via WhatsApp

O jovem conta que mandou o cachorro atacar no momento em que o homem de 42 anos iria lhe dar um soco. Ele contou que admite o erro de ter mandado o cão atacar a vítima e pelo fato do cachorro estar sem coleira e focinheira. O rapaz também ressalta que o animal é dócil.

“O cachorro estava a dez metros de mim, ele viu a bola dos guris, longe e correu em direção da bola. A bola estava com a menina ele estava tão em cima da bola, que quando a menina tocou para o menininho, ele virou na hora atrás da bola. Se fosse para ele atacar a criança, ele teria atacado, eu assoviei ele voltou na hora, tropeçou em cima da bola, quase caiu e foi no cantinho dele comer o pneu que eu levei. Ele (homem de 42 anos) veio já de longe, olhei para minha namorada, falei para minha namorada que esse cara não vai vir conversar”.

‘Parcão’

O projeto Parcão, que permite a entrada de animais nos parques de Campo Grande está em vigor, até então, no Parque do Sóter, que liberou a entrada dos bichos desde fevereiro de 2019. Nos demais parques da cidade, como no Jacques da Luz e Ayrton Senna, ainda está sendo analisado em projeto de revitalização.

Apesar do projeto liberar a entrada de cães, 10 raças são proibidas de entrar no espaço sem focinheira e coleira. São cães da raça , Mastim Napolitano, Rotweiller, Dobermann, Bull Terrier, Chow Chow, Cane Corso, Akita, Dogo Argentino, mestiços e raças afins.

Além disso, os donos de cães destas raças devem ter ao menos 18 anos para conduzir os animais, mesmo com o uso da focinheira. “A não presença destas raças no espaço denominado ‘Parcão’ se dá em relação ao temperamento do animal, sendo os mesmos um tanto agressivos ao convívio com as demais raças e até com os seres humanos”, diz Lei legislativa publicada no dia 18 de fevereiro de 2019 (confira aqui).

 

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