O técnico de manutenção de ar condicionados de 20 anos disse à reportagem do Midiamax que realmente ordenou que seu cachorro pit bull avançasse contra um homem de 42 anos, nesta sexta-feira (24) no Parque Jacques da Luz, no Bairro Moreninhas em Campo Grande.

‘Mandei ele pegar mesmo’ diz dono de pit bull que atacou homem no Jacques da Luz
Via WhatsApp

 

O jovem conta que mandou o cachorro atacar no momento em que o homem de 42 anos iria lhe dar um soco. Ele contou que admite o erro de ter mandado o cão atacar a vítima e pelo fato do cachorro estar sem coleira e focinheira. O rapaz também ressalta que o animal é dócil.

“O cachorro estava a dez metros de mim, ele viu a bola dos guris, longe e correu em direção da bola. A bola estava com a menina ele estava tão em cima da bola, que quando a menina tocou para o menininho, ele virou na hora atrás da bola. Se fosse para ele atacar a criança, ele teria atacado, eu assoviei ele voltou na hora, tropeçou em cima da bola, quase caiu e foi no cantinho dele comer o pneu que eu levei. Ele (homem de 42 anos) veio já de longe, olhei para minha namorada, falei para minha namorada que esse cara não vai vir conversar”.

‘Mandei ele pegar mesmo’ diz dono de pit bull que atacou homem no Jacques da Luz
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“Em todo momento eu sossegado, ele xingando, xingando, minha namorada foi falar algum um negócio, ele mandou ela calar a boca, ofendeu ela também. Ele me acertou um soco essa hora, o cachorro viu, o cachorro veio vindo, mas ele olhava, ficava de boas, sentava até que que uma hora ele ofendeu minha namorada novamente e o cachorro estava mais perto de mim. Eu peitei ele, ele me peitou, o cachorro estava do meu lado. Esta hora aí eu fui andando em direção a ele, ele com medo do cachorro, que estava do meu lado, o cachorro estava tranquilo do meu lado”.

“Ele veio para me dar outro soco, o cachorro pulou no braço dele, eu até mandei o cachorro pegar na hora, já que é para brigar, vamos brigar então. Já estava saindo de mim, na hora que ele esticou o braço. Eu disse pega, pega, ele pulou no braço da tal vítima, mordeu mesmo, vieram e separaram a gente. Ele puxou, tentou erguer o cachorro, foi quando rasgou a camiseta dele fez aqueles ferimentos no peito dele, aqueles arranhados. A filha dele veio gritando, eu saí, eu não gosto destas coisas, eu saí de cima dele”.

“Aí quando eu olhei para procurar o cachorro ele estava com o meu cachorro, ele estava o meu cachorro erguido pelas orelhas, e forçando uma para cada lado como se quisesse rasgá-lo ao meio. Quando eu vi aquilo eu saí de mim. Aí eu fui para cima dele mesmo, dei um mata-leão nele, ele soltou o cachorro, bati forte mesmo na cabeça dele, cortei a cabeça dele por causa da minha aliança, e ele falando que o cachorro machucou ele. Os machucados da cabeça não foram do cachorro e do braço sim, até um policial concordou. O próprio médico disse que não foi do cachorro o corte na cabeça”. Guardas municipais foram quem separaram a confusão.

Versão do boletim de ocorrência feito pelo homem de 42 anos

O homem de 42 anos foi atacado por cão da raça na noite desta sexta-feira (24), disse que o ao tirar satisfações com o responsável depois que o animal avançou contra crianças no Jaques da Luz A vítima denunciou o caso e o tutor do cachorro vai responder por omissão de cautela e lesão corporal culposa.

Segundo o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Integrado de Polícia Especializada), o homem relatou que estava na praça com a família, quando um jovem chegou ao local com dois cães, sendo um deles o pit bull que não estava com focinheira.

A vítima disse que as crianças jogavam bola no local, quando pit bull avançou contra elas. No entanto, as crianças foram retiradas antes que algo pior ocorresse. O homem então foi questionar o responsável pelo animal e teve início discussão. Ambos entraram em vias de fato, oportunidade em que a vítima acabou atacada, levando várias mordidas.

Testemunhas interferiram e pararam o ataque. O homem recebeu os primeiros-socorros e depois procurou a Delegacia de Polícia Civil, manifestando desejo em representar criminalmente contra o autor.