Familiares e amigos de Luana Farias, 20 anos, que morreu após ser atingida por garrafada em uma festa no dia 3 de novembro, participaram de uma passeata neste sábado (16), às 16h, pedindo por justiça. A ação sairia da casa da mãe da estudante e iria até a sede da Associação Guaicurus, onde o crime aconteceu.

A mãe de Luana, Maria Railha, de 43 anos, afirmou ao Jornal Midiamax que a família está passando por um momento difícil com a morte da filha e espera que a justiça seja feita.

VÍDEO: Em passeata, família cobra investigação sobre morte de estudante
Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

“Até onde a gente sabe, o processo está parado por enquanto. Ninguém da associação tomou uma atitude e até então não cobraram nada deles. Fizeram uma festa em um lugar totalmente sem segurança e sem alvará”, disse Maria.

A mãe da estudante contou à reportagem que muitas pessoas vieram questionar o fato de Luana estar no evento. “Houve quem me mandasse que se minha filha não estivesse lá, nada disso teria acontecido. Então quer dizer que as pessoas não têm o direito de sair? Ela só queria ir comemorar uma promoção no trabalho”, afirmou.

O marido de Luana, David Eduardo Ferreira, de 20 anos, também estava presente e contou que tem passado por dias difíceis. “Isso tem que ser resolvido. Estou vivendo um dia em cima do outro. Não dá para descrever a dor que estou sentindo”, comentou.

A amiga da estudante, Suellen Camargo, de 18 anos, que estava com Luana no dia do crime, disse que viu quando a amiga estava caída no chão e ensanguentada.

“Eu estava do lado dela, aí veio um tumulto e a gente se separou. Vi alguém sendo atingida, mas não pensei que seria ela. Depois vi ela caída no chão e pensei na hora que ela teria morrido porque tinha muito sangue”, disse.

Durante a passeata, os amigos e familiares da vítima entoaram gritos de ordem. No ponto final do protestos, o presidente do bairro, Cesar Billerbeck, apareceu. Ele chegou a ir cumprimentar o pai de Luana, mas depois foi embora durante um princípio de confusão com amigos da vítima.

“Infelizmente isso aconteceu. Admito que o local não tinha alvará, mas não tenho essa culpa pela morte”, afirmou posteriormente em contato telefônico com a reportagem, acrescentando que, agora, vai buscar regularizar o espaço.

Relembre o caso

Luana morreu após ser atingida por estilhaços de vidro após a briga generalizada com garrafadas durante a festa no bairro Universitário. Segundo a polícia, a jovem foi atingida na artéria do pescoço, perdeu muito sangue e não resistiu.

De acordo com as informações, Luana foi a festa para comemorar uma promoção no trabalho e se programava para continuar faculdade de Direito, que havia trancado por problemas financeiros.

Conforme já noticiado, a festa era regada a bebidas alcoólicas, frequentada por menores de idade e sem nenhuma fiscalização. Imagens do local momentos depois do término da festa, mostram diversas garrafas de vodca, energético e cerveja. Tudo era vendido no local, para maiores e menores de idade. O conhecido ‘combo’ era vendido e consumido livremente. O caso segue em investigação pela polícia.