A acadêmica de Direito, Luana Farias de 20 anos de idade, morreu após ser atingida por estilhaços de vidro após a briga generalizada com garrafadas durante uma festa no bairro Universitário, em Campo Grande. Segundo a polícia, a jovem foi atingida na artéria do pescoço, perdeu muito sangue e não resistiu. Um adolescente de 15 anos foi apontado como suspeito do crime e a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) deve prosseguir com as investigações.

De acordo com a delegada Célia Maria Bezerra da Silva, da 4ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, a festa de baile funk ‘Triplo X’ iria ocorrer no dia anterior, na sexta-feira (1º), mas como a Polícia Militar esteve no local e proibiu a realização, o evento foi adiado. No entanto, os organizadores realizaram a festa no dia seguinte, no sábado (2), sem a autorização da polícia.

Acadêmica morreu após ser atingida por estilhaços de vidro e não tinha envolvimento com briga
Luana foi ferida no pescoço e no braço por garrafa. Foto: Divulgação, Facebook.

Luana Farias foi ao local com o marido e alguns amigos. “Até as 21h30 não era cobrado ingresso e a bebida era comprada lá dentro”, revelou a delegada Célia Maria. Na festa, com cerca de 250 pessoas, estavam o adolescente de 15 anos com a namorada adolescente e também o ex-namorado dessa menor de idade.

O ex-namorado teria visto a ex beijando o adolescente de 15 anos. “O ex vai até o local e começa uma briga, quando o adolescente de 15 anos dá uma garrafada nesse ex e sai do local”, explica a delegada. Os estilhaços da garrafa atingiram Luana do lado esquerdo do corpo, no pescoço, face e braço.

A jovem teria desmaiado e quando o marido a viu ferida, teria visto um rapaz parecido com o suspeito e então deu um soco nele. “Ele deu um soco em um rapaz para parar a confusão, depois pegou a Luana, colocou no carro e levou até a Upa do Universitário”, conta Célia Maria. No entanto, os estilhaços atingiram uma artéria carótida, sendo que a menina perdeu muito sangue e morreu antes de dar entrada na unidade de saúde.

A versão do adolescente suspeito pelo crime é contrária as provas obtidas pela polícia. Ele conta sobre a briga, mas afirma que quando aconteceu a garrafada, já não estava dentro da associação de moradores, local onde ocorria a festa. A delegada acredita que ocorreram outras brigas no local, mas afirma que foi a garrafada que o menor desferiu, que atingiu Luana. “Pode ser que tenha ocorrido outras brigas após essa primeira confusão, mas os estilhaços que atingiram a vítima, foi pelo golpe de garrafada dado pelo adolescente no outro rapaz”, confirma.

Como envolve menores de idade, a investigação deverá ter continuidade na Deaij.

Foram ouvidas 13 pessoas, entre testemunhas e também familiares da vítima. A delegada Célia Maria prossegue com as investigações para ouvir outras testemunhas e também, o presidente da associação de moradores, que teria alugado o local para sediar o evento.