Tempestade deixa rastro de destruição e desabriga famílias na Favela do Linhão, na Capital
A forte chuva da tarde desta segunda-feira (4) trouxe grandes prejuízos a moradores da Favela do Linhão, na região do Jardim Noroeste, em Campo Grande. Barracos foram destelhados, fazendo com que algumas famílias ficassem desabrigadas. O fornecimento de energia também está prejudicado, segundo relatos. Foi o caso de Evelin Molina, de 36 anos, que mora […]
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A forte chuva da tarde desta segunda-feira (4) trouxe grandes prejuízos a moradores da Favela do Linhão, na região do Jardim Noroeste, em Campo Grande. Barracos foram destelhados, fazendo com que algumas famílias ficassem desabrigadas. O fornecimento de energia também está prejudicado, segundo relatos.
Foi o caso de Evelin Molina, de 36 anos, que mora há quatro anos em um barraco com o marido e cinco filhos. Segundo ela, está é a segunda vez que chove forte neste ano, mas só desta vez houve destelhamento. Ela chegou a colocar um pneu sobre o telhado, a fim de evitar o destelhamento, mas até o pneu foi carregado pelo vento.
“A gente se escondeu debaixo da cama. Quando vimos, a casa tava destelhada. A gente ficou assutado e corri para a casa do vizinho. Perdemos tudo, alimento, roupas, colchão. Não temos onde dormir”, descreve.
Também moradora da comunidade há quatro anos, Fátima Toledo, de 53 anos, foi mais uma que sofreu com destelhamentos. Assim como os vizinhos, ela narra momentos de pavor devido à força da tempestade. “Começou a chover forte e eu me tranquei em casa, fiquei no cantinho até passar. Mas, o vento também destelhou aqui e eu fiquei sem nada”, conta.
Bem perto dali, Luciene Vieira de Oliveira, de 33 anos, conta que estava voltando com a filha do médico quando a chuva começou. “Foi o tempo da gente se trancar no banheiro pra esperar a chuva passar. Aqui destelhou quarto e cozinha, só o banheiro ficou inteiro. Depois fui pra casa da minha irmã, que por sorte não destelhou”, diz.
A irmã de Luciene presenciou tudo. “Eu vi o vento levando as telhas, uma coisa impressionante. Todos ficamos com medo”, diz Fátima Vieira de Oliveira, de 31 anos.
Outra moradora, chamada Francine Ferreira, de 28 anos, ´recisou se proteger no guarda-roupa enquanto a tempestade deixava rastro de destruição.. “Fiquei lá com minha bebê, que tem só 5 meses. Quando sai de lá a casa estava totalmente destelhada. A gente não sabe o que fazer, porque foi tudo levado. Roupa, comida, colchão está molhado. É desesperador”, conta.
A reportagem buscou contato com Defesa Civil, por meio dos telefones 199 e (67) 3314-5115, para saber o apoio que será dispensado às famílias, mas não conseguiu estabelecer contato. Enquanto isso, as famílias contam com a solidariedade e pedem por doações de alimentos, roupas, produtos de higiene e também de colchões. “Queremos ser notados pelo Poder Público”, concluem.
Telefones para contato:
(67) 99182-8602 (Evelin)
(67) 99325-2675 (Maria de Fátima Toledo)
(67) 99158-5108 (Luciene)
(67) 99337-6765 (Francine)
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