Sesau diz que ‘não sabia’ do histórico de assédios de servidor preso por estupro em UBS

O técnico de enfermagem suspeito de estuprar uma garota de 14 anos na UBS Lar do Trabalhador é reincidente em casos de assédios sexuais durante os expedientes que cumpria. O suspeito, contratado pela Prefeitura Municipal em setembro de 2018, estuprou e assediou outras três pacientes, mas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que não […]

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O técnico de enfermagem suspeito de estuprar uma garota de 14 anos na UBS Lar do Trabalhador é reincidente em casos de assédios sexuais durante os expedientes que cumpria. O suspeito, contratado pela Prefeitura Municipal em setembro de 2018, estuprou e assediou outras três pacientes, mas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que não sabia das outras ocorrências.

A assessoria de imprensa da Sesau informou ao Jornal Midiamax que teve conhecimento apenas do último crime e que imediatamente tomou providência administrativa antes do suspeito ser preso nesta segunda-feira (27). No entanto, não sabia dos casos anteriores, que foram registrados na Polícia Civil.

“Sobre os boletins de ocorrência registrados anteriormente a Sesau não tinha conhecimento destas situações, haja vista que é preciso uma denúncia na Secretaria para que o processo de sindicância seja aberto”, disse em nota.

Os três casos anteriores aconteceram três meses após a contratação do técnico de enfermagem. O primeiro caso aconteceu na UPA Vila Almeida quando uma mulher de 37 anos foi estuprada enquanto estava em observação na unidade. Os outros dois casos, de importunação sexual, foram contra uma jovem de 18 anos e uma adolescente de 15. Ambas na UBS Lar do Trabalhador, assim como o estupro sofrido pela garota de 14 anos.

Segundo informações do portal da transparência da Prefeitura, o técnico de enfermagem, contratado há sete meses pelo município em regime comissionado tem remuneração de R$ 5.236,09.

Sindicância

A Sesau informou, ainda, que a sindicância instaurada pela Prefeitura Municipal caminhará junto aos procedimentos na Justiça e, se o técnico de enfermagem for considerado culpado pelo estupro, ele será exonerado e permanecerá inelegível para cargos públicos.

Além disso, a secretaria ainda informou que os candidatos, antes da contratação, passam por investigação social e precisam apresentar diversos documentos no processo seletivo.

“É importante destacar que no ato da contratação o candidato deve apresentar: Certidão de Distribuição expedida pelo Poder Judiciário Federal; Certidão Estadual Cível; e, Certidão Estadual Criminal. Se não houver processos ou condenações na Justiça Federal e na Justiça Estadual, os documentos apresentam a informação de “nada consta”. Se constar informações de condenações, o candidato é imediatamente desclassificado”, esclareceu Sesau.

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