Além da Rua 14 de Julho, O Reviva também requalificará a região da Esplanada Ferroviária, uma área de aproximadamente 94 hectares que conta com todos os prédios históricos tombados, na Avenida Calógeras e imediações, até a Rua Eça de Queiroz.

Para tanto, uma consultoria contratada pela Prefeitura de Campo Grande está promovendo oficinas, palestras e até mesmo visitas guiadas pelo complexo a fim de identificar o que as pessoas querem para a região. O projeto tem até nome diferentão: Laboratório Urbano Efêmero de Campo Grande, também conhecido como Lab Campo Grande, que segue até o dia 23 de setembro, na Esplanada.

Na manhã desta sexta-feira (6), o (PSD) participou do projeto e conferiu as atividades e destacou a importância da consulta popular. “Não iniciei nenhuma obra sem ouvir [a população], do contrário, a gente pode ter problemas. Temos que convidar as pessoas para participarem, para que elas possam apontar o que querem para esta região”, destacou o prefeito.

Sobre problemas, Marquinhos referiu-se à implantação de um corredor de transporte coletivo na Avenida Bandeirantes, que causou insatisfação por parte dos garagistas do local.

“Fizeram projeto sem que comerciantes soubessem, e quando foi aprovado, falaram que ia prejudicá-los. Infelizmente agora não dá mais para modificar o projeto. Ou eles se adaptam ou eles vão sofrer esses prejuizos”, destacou o prefeito.

A coordenadora do Reviva Campo Grande, Catiana Sabadim, destacou que o Lab Campo grande proporcionará entender como as pessoas querem a do Complexo Ferroviário. “Vamos ter um projeto de requalificação, com recurso para arquitetura e paisagismo e esta consultoria permitirá saber das pessoas quais os melhores usos dessa área”, aponta.

Lab Campo Grande

O Laboratório Urbano Efêmero de Campo Grande, promovido pelo coletivo Translab.Urb, do Rio Grande do Sul, consiste numa forma de estimular os participantes ao fornecimento de informações que vão resultar numa espécie de diagnóstico, que vai constar num relatório técnico entregue ao poder público.

Esse relatório vai ser utilizado para a construção de um termo de referência, que vai servir para orientar os vencedores da licitação de requalificação da Esplanada sobre como o espaço deve ficar.

Mas, para chegar até o relatório, o coletivo Translab.Urb recorre à emtodologias diferenciadas, principalmente a partir da interação coletiva, seja por rodas de conversas, por palestras e até por “experiências sensoriais” que promovem visitas às áreas que serão impactadas com o processo de revitalização.

“Pode-se dizer que é uma espécie de diagnóstico, mas não é tradicional. A gente proporciona a estrutura e convoca as pessoas a nos ajudarem a entender como é a cidade que elas querem. Vamos fazendo isso de várias formas, desde palestras, rodas de conversas, até por meio de visitas de exploração de território”, comenta Sheila Uberti, integrante da equipe do Laboratório.

Segundo ela, a metodologia desenvolvida pela equipe permite o nivelamento de todos os participantes, independente do segmento socioeconômico a que ela pertença. Isso proporcionaria, pelo menos em tese, que todas as opiniões possam ser levadas em conta e que o diagnóstico também seja marcado pela diversidade de opiniões.

As atividades do Lab Campo Grande vão até 23 de setembro. Clique AQUI e saiba mais sobre o projeto e acesse a programação completa. Todas as atividades do Laboratório ocorrem na Esplanada Ferroviária, próximo à Galeria de Vidro.