Ex-coordenador rebate SED e diz que não cabem mais alunos no Hércules Maymone

Após a SED (Secretaria de Estado de Educação) informar que os alunos da escola Professor Carlos Henrique Schrader no bairro Flamboyant vão migrar para a Hércules Maymone, o ex-coordenador de cursos do Pronatec na escola, Waldemir Ribeiro, rebateu dizendo que não cabem mais alunos no colégio, localizado na rua Joaquim Murtinho, em Campo Grande.  Uma […]

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Audiência Pública reuniu poucas pessoas na manhã desta segunda-feira (2).
Audiência Pública reuniu poucas pessoas na manhã desta segunda-feira (2).

Após a SED (Secretaria de Estado de Educação) informar que os alunos da escola Professor Carlos Henrique Schrader no bairro Flamboyant vão migrar para a Hércules Maymone, o ex-coordenador de cursos do Pronatec na escola, Waldemir Ribeiro, rebateu dizendo que não cabem mais alunos no colégio, localizado na rua Joaquim Murtinho, em Campo Grande. 

Uma audiência pública sobre o fechamento de quatro escolas apenas em Campo Grande foi realizada na manhã desta segunda-feira (2), na Câmara Municipal. A secretária Maria Cecília Amêndola da Motta esteve presente. 

Quando foi rebatida por Ribeiro, a secretária afirmou ter vagas no Hércules. “Alunos terão prioridade de escolher e também podem escolher as de tempo integral”.

Maria Cecília disse ainda que as mudanças serão adotadas em três meses e meio. Ela ainda pediu para que pais de alunos se coloquem no lugar dela, pois, como gestora de recursos públicos e tomadora de decisões, números demonstram o contrário, “não há desmonte”.

Segundo Waldemir, rever decisões (por parte do governo) também é ato de grandeza. “Não comporta mais pessoas de manhã na escola. Todas as salas estão completas. Alunos da escola Riachuelo que também fechou, foram para o Hércules. A Schrader tem oito salas que teriam que ser preenchidas e o Hércules Maymone não tem”.

O ex-coordenador de cursos pediu para a secretária ir conhecer a realidade das escolas estaduais, de perto. “Ouvir a comunidade enquanto educador. Eu peço que reveja a decisão”.

Conforme o vereador Valdir Gomes (PP), é lamentável fechar escolas. “Difícil negociar com essa secretária. Ela não gostou de algumas ponderações. A verdade dela é uma só, está reorganizando, mas para quem? A secretária impôs o pensamento dela e o governo acatou”, disse.

Gomes disse ainda que o governo não tem planejamento nenhum. “Fechar e distribuir onde couber. Judicializar até pode, mas da outra vez colocaram, mas liminares foram derrubadas”.

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação), Lucílio Nobre, participou da audiência e pediu a reconsideração sobre o fechamento da Schrader. “A escola atende alunos com deficiência e fica melhor para os pais com um colégio perto de casa”.

A defensora pública Débora Maria, responsável pela defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes e atos infracionais, acompanhou a audiência. “Estamos trabalhando para que ocorra o mínimo de impacto negativo. Existem providências do poder judiciário que podem ser tomadas”.

Os vereadores vão encaminhar a ata da audiência pública para o MP (Ministério Público Estadual) e vão acompanhar a situação. Estavam na reunião os vereadores Valdir Gomes (PP) e Betinho (PRB). 

 

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