Apesar dos protestos de pais, alunos e até parlamentares, a secretária de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Cecília Amendola da Mota, afirmou que a Escola Estadual Professor Carlos Henrique Schrader, no Jardim Flamboyant, vai fechar.

Ela se reuniu com deputados na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (27) e saiu do encontro afirmando que a medida é para reestruturar o setor educacional no Estado. No lugar da escola, será instalada a sede da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de MS).

“Ela vai fechar, porque os alunos que estão ali podem ser atendidos no Hercules Maymone que também atende indígenas e tem corredor de ônibus. Se colocar toda aquela escola inteira, ainda sobra sala no Hércules. Vou deixar as duas funcionando? Não, eu vou deixar em um só”, afirmou a secretária.

A escola alvo de pedidos de pais para manutenção atende não só estudantes da região, mas adolescentes da comunidade indígena Marçal de Souza, no Tiradentes. O receio é que, com a mudança de ambiente, a evasão aumente. Contudo, segundo a secretária, desde 2015, são 16 mil alunos a menos e, desde 2010, 52 mil.

Maria Cecília afirma que o reordenamento não é medida para economia, mas sim otimização dos recursos e com o objetivo de estruturar e ampliar o número de escolas em tempo integral. “Eu prefiro menos escolas mas mais equipadas, escolas com tudo que precisa, do que ter 300 ali, 200 ali”.

Sobre a instituição de ensino Flamboyant, a secretária afirmou que não é motivo para alerde e que professores efetivos não vão perder aulas. “Vai ser o primeiro a escolher”. Em sete anos, afirma, foram construídas sete escolas novas em Mato Grosso do Sul.

“Estamos reorganizando, reordenando. Escolas de tempo integral estão recebendo recursos pra ter refeitório, sala ambiente. Se fala só daquilo que não está bem. Somos o 5º no Pais que subimos no Ideb, evasão diminuiu. Não estamos desmantelando a escola pública, estamos otimizando”, defendeu.