Descarte de lâmpadas ainda é problema e morador peregrina em busca de coleta

Muitas pessoas têm dúvidas na hora de descartar corretamente as lâmpadas queimadas e, por não ter a devida orientação ou não encontrar o local correto para descarte, acabam procedendo de maneira errada e jogando os materiais no lixo comum. E não é para menos, faltam locais para destinar os itens em Campo Grande. Após recolher […]

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Muitas pessoas têm dúvidas na hora de descartar corretamente as lâmpadas queimadas e, por não ter a devida orientação ou não encontrar o local correto para descarte, acabam procedendo de maneira errada e jogando os materiais no lixo comum. E não é para menos, faltam locais para destinar os itens em Campo Grande.

Após recolher centenas de lâmpadas queimadas da igreja que frequenta, um comerciante de 60 anos ficou “com as mãos atadas” na hora de descartar os materiais. O morador do Aero Rancho disse ao Jornal Midiamax que encontrou dificuldade para localizar o local correto para eliminar os produtos. Ligou para inúmeros locais, sem sucesso.

Descarte de lâmpadas ainda é problema e morador peregrina em busca de coleta
Foto: WhatsApp Midiamax

Por associar ‘energia elétrica’ com ‘produtos eletrônicos’, o comerciante acreditou que a Energisa, concessionária que administra a distribuição de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, recolheria as lâmpadas, mas para a sua surpresa, a empresa não recolhe.

À reportagem, a Energisa esclareceu que não realiza a coleta desses materiais e que caso os moradores precisem descartar, uma empresa responsável deverá ser procurada.

Também acionadas, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) e a Solurb, informaram que não recolhem lâmpadas queimadas. Ambas esclareceram que, segundo a lei do meio ambiente, empresas que produzem esses materiais são também responsáveis pelo recolhimento. Confira o que diz a lei:

Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei n° 12305/10: “Art. 33.  São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: (…) lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista”. Por tanto, os moradores também podem procurar as fabricantes para descartar os materiais.

O comerciante que procurou a reportagem para denunciar a falta de informações para descartar as lâmpadas disse que encontrou em um supermercado da Capital um ponto de coleta, mas se não tivesse consciência ambiental, poderia muito descartar em qualquer lugar.
“Entendo que o certo seria o poder público receber, pois no nosso caso como somos igreja, jamais descartaríamos em qualquer lugar, porém tem pessoas que não teriam o menor constrangimento em descartar na beira de um rio qualquer”, comentou.

Onde descartar

O Midiamax apurou que apenas uma organização mantém em Campo Grande três pontos de coleta para que os moradores possam descartar corretamente as lâmpadas (confira os endereços abaixo). Anteriormente, outra organização mantinha outros pontos de coleta na Capital, mas conforme apurou a reportagem, a baixa procura de moradores para descartarem os materiais queimados fez com que coletores fossem recolhidos.

Descarte de lâmpadas ainda é problema e morador peregrina em busca de coleta
Pontos de coletas são iguais a esse | Foto: Divulgação

A organização que recolhe as lâmpadas queimadas, Reciclus, tem pontos de coleta em todo país e em Campo Grande, oferece três locais de descarte para quem quer se livrar desses materiais da maneira correta. Confira os endereços:

– Alvorada, localizada na Avenida Eduardo Elias Zahran, 1119

– Leroy Merlin, localizado na Avenida Aracy Teixeira Nahas Esquina Com Av Consul Assaf

– Walmart, localizado na Avenida Mato Grosso, 1959

Empresas interessadas em ter um coletor de lâmpadas, podem pedir gratuitamente clicando aqui. De acordo com a Apliquim Brasil Recicle, empresa especializada em descontaminação de lâmpadas, o mercúrio contido no interior de cada lâmpada fluorescente tem potencial para contaminar até 15 mil litros de água. Além disso, o metal pesado é extremamente tóxico e representa um risco para a saúde humana. Por isso, a importância do descarte correto.

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