Em reunião com o (Conselho Regional de em Mato Grosso do Sul), a diretoria do HRMS ( de Mato Grosso do Sul) pediu um prazo para apresentar uma solução para a unidade. O Regional tenta fazer novas contratações pare resolver a falta de funcionários na área de enfermagem. A reunião aconteceu depois que o Conselho iniciou um processo de interdição ética do hospital.

Segundo o conselho, situação do segundo maior hospital de MS é de ‘calamidade e ilegalidade’ e a interdição ética significaria a suspensão dos serviços de enfermagem na unidade. Em entrevista ao Jornal Midiamax, o presidente do conselho disse que deu o prazo para a apresentação de documento com um plano para resolver os problemas do hospital.

“A gente espera que resolvam os problemas, que não são novos no hospital. As pessoas estão sofrendo, há uma falta de planejamento. O Conselho reivindica mais profissionais na área da enfermagem, mas na verdade, faltam funcionários em todas as áreas. Também esperamos uma reação por parte da Assembleia [Legislativa], eles estão quietos diante da situação”, diz o presidente Sebastião Junior Henrique Duarte.

Em nota, a diretoria do HRMS disse que tenta fazer novas contratações, respeitando o limite legal conforme a (Lei de Responsabilidade Fiscal). Inicialmente, o prazo dado pelo Coren era de cinco dias, entretanto, Regional afirma que pediu uma ampliação do prazo para mais cinco dias úteis – totalizando 10, contados a partir da quarta-feira (27).

“Neste tempo, a nova Diretora de Enfermagem, Ana Paula Borges, juntamente com a equipe, estão analisando o quantitativo e realizarão as adequações”, informou a diretora do HRMS, Rosana Leite.

Pedido de interdição

Na terça-feira (26), o Coren-MS anunciou o pedido de interdição ética do HRMS. As principais razões apontadas pelo Conselho são a constante falta de insumos para assistência e a falta de profissionais, situações constatadas in loco e que já teriam sido comunicadas à diretoria do HRMS e à SES (Secretaria de Estado de Saúde). No Regional, falta de esparadrapo a soro fisiológico e, segundo o Coren, a segurança dos trabalhadores de enfermagem está comprometida.

A categoria ressalta que os profissionais da equipe de enfermagem estão sobrecarregados por conta do déficit de funcionários. Segundo relatório, faltam 261 enfermeiros e 197 técnicos de enfermagem no hospital. O cenário chama atenção, alguns pacientes estão até sem tomar banho.

A interdição ética, citada pelo Coren, tem início quando faltam condições de assistência no setor de enfermagem. A interdição prevê a suspensão parcial ou total dos serviços de Enfermagem na unidade. É uma medida extrema, adotada quando não há condições mínimas de atendimento e , trazendo grave risco para a população e os profissionais.