A de Mato Grosso do Sul sobrevoa a região do Pantanal na manhã desta quarta-feira (30) para analisar a dimensão dos estragos do fogo que atinge o bioma há quatro dias e propor estratégias de combate. Nas proximidades da BR-262, as labaredas chegam a 10 metros de altura e a melhora no tempo seco com a chegada de chuvas está prevista apenas para a segunda semana de novembro.

O coordenador da Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), o tenente coronel Fábio Catarinelli, sobrevoa a região do Pantanal nesta quarta-feira. Até a terça-feira (29), foram 50 mil hectares de vegetação atingidos pelo fogo.

Desde segunda-feira (28) uma força-tarefa conta com 26 homens, dos quais 11 são bombeiros e sete brigadistas do PrevFogo do Ibama. Há, ainda, cinco militares integrantes do GPA e dois oficiais do de Mato Grosso, que operam a aeronave Air Tractor AT-400, com capacidade para lançar três mil litros de água em alvos em chamas.

O fogo, nesse momento, atinge áreas particulares, a partir do km 600 da BR-262 (30 km no sentido Oeste de Miranda), nos dois extremos da rodovia, chegando próximo a Porto Morrinho (ponte rodoviária sobre o Rio Paraguai) e abrangendo a Estrada-Parque (MS-184), na região de atrativos turísticos conhecida como Passo do Lontra. O fogo forma uma linha de área queimada que chega a 50 km, algo jamais visto pelos antigos pantaneiros e ribeirinhos.

Previsão de chuva

A meteorologia não prevê uma chuva significativa na região do Pantanal nesta semana. A coordenadora do (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima), Franciane Rodrigues, explica que a chuva não está prevista até, pelo menos, o dia 7 de novembro.

“Até lá o tempo seguirá sem grandes mudanças, a condição de céu parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuvas isoladas pelo menos até a primeira semana de novembro, e temperaturas muito elevadas. As chuvas poderão se regularizar no fim da primeira quinzena de novembro com chuvas mais volumosas e generalizadas. Espera-se que, no acumulado geral, novembro seja mais chuvoso, com chuvas acima da média”, explica.

Rodrigues ressalta que o motivo do tempo seco que tem atingido o estado nos últimos dias tem relação com uma massa de ar seco e quente, que provoca esse tempo estável ao longo da semana. “Porém, o forte aquecimento diurno, por vezes, favorece a ocorrência de tempestades bem isoladas”, afirma.