O número de focos de na região do Pantanal chegou a 74, conforme apontou o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) na última terça-feira (29), sobretudo em , e . Pelo menos 50 mil hectares de vegetação nativa foram queimadas desde o domingo (27), segundo estimativa da Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil).

Para combater os focos, desde segunda-feira (28) uma força-tarefa conta com 26 homens, dos quais 11 são bombeiros e sete brigadistas do PrevFogo do Ibama. Há, ainda, cinco militares integrantes do GPA e dois oficiais do de Mato Grosso, que operam a aeronave Air Tractor AT-400, com capacidade para lançar três mil litros de água em alvos em chamas. Somente na terça-feira (29), 18 voos sobre os focos de calor na região da Estrada-Parque foram realizados, despejando 50 mil litros de água, durante 7h20.

A dimensão da intensidade dos focos de calor se mede a menos de 80 km de Campo Grande, em cuja distância da Capital a nuvem de fumaça vinda de incêndios ocorrendo a 220 km interferem nas condições de visibilidade reduzida para quem trafega na rodovia federal, até próximo a entrada da MS-450, em direção a e Piraputanga, entre Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana. Logo depois, a fumaça se dissipa, conforme a direção do vento.

O fogo, nesse momento, atinge áreas particulares, a partir do km 600 da BR-262 (30 km no sentido Oeste de Miranda), nos dois extremos da rodovia, chegando próximo a Porto Morrinho (ponte rodoviária sobre o Rio Paraguai) e abrangendo a Estrada-Parque (MS-184), na região de atrativos turísticos conhecida como Passo do Lontra. O fogo forma uma linha de área queimada que chega a 50 km, algo jamais visto pelos antigos pantaneiros e ribeirinhos.

A ação diária é desenvolvida a partir de sobrevoos do Helicóptero Harpia 01, do GPA, na área afetada pelo fogo, logo ao amanhecer. As aeronaves estão com dificuldades operacionais por conta da intensidade da fumaça, que também colocou em alerta a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao longo a BR-262, entre Miranda e Corumbá. Em vários trechos da rodovia não há mínima visibilidade, ocasionando a interrupção do tráfego em algumas situações mais críticas.

O fogo brota nas margens da rodovia e forma uma cortina, tornando em noite um dia com temperatura acima de 40 graus, como nesta terça-feira. As labaredas chegam a mais de dez metros de altura, assustando quem transita pela região, se aproximando dos linhões de transmissão de energia. Em nota, a PRF recomendou aos motoristas não trafegarem à noite nesse trecho crítico, entre Corumbá e Miranda: 20 focos foram registrados na margem da rodovia.

(Com informações da assessoria)