Para quem quer cursar uma faculdade atualmente se depara com inúmeras opções de cursos, meios de pagamentos e bolsas de estudos. E apesar das facilidades oferecidas pelas instituições, muitas vagas permanecem abertas e faculdades acabam apostando em promoções para atrair os estudantes.

Conforme o levantamento da plataforma Quero Bolsa, em tem atualmente 46,6% de vagas não preenchidas nas universidades. Em o número é de 45,9%. Entre faculdades presenciais e a distância, a opção foi recorrer a ação comercial anualmente conhecida: a Black Friday.

Uma faculdade localizada na Avenida Afonso Pena oferece, por exemplo, o curso de Direito com mensalidade que antes era de R$ 1.767, por R$ 493. O curso de e Urbanismo também foi incluído na promoção e está de R$ 1.655 por R$ 1.090.

Outra universidade também oferece desconto na Black Friday. Para quem pensa em cursar Engenharia Civil pode garantir uma mensalidade de R$ 1.695 por R$ 855.

Segundo o último Censo da Educação Superior, das mais de 4 milhões de vagas disponíveis nos primeiros anos de cursos presenciais, menos de 2 milhões foram preenchidas. “Este cenário faz com que as instituições adotem práticas comerciais para atraírem estudantes, uma vez que é sabido que a mensalidade é a principal barreira de ingresso ao ensino superior”, afirmou Lucas Gomes, o diretor de ensino superior da Quero Bolsa.

Confira as faculdades em Mato Grosso do Sul com descontos nas mensalidades:

  • Faculdade Campo Grande (FCG)
  • Faculdade Mato Grosso do Sul (Facsul Mato Grosso do Sul)
  • Faculdades Anhanguera (Anhanguera)
  • Unidombosco (EAD)
  • Signorelli (EAD)
  • Unis (EAD)
  • Unimar (EAD)
  • Unopar (EAD)

Porque sobram vagas

Com 46,6% das vagas não preenchidas em MS, faculdades apostam em promoções
Foto: Leonardo de França, Midiamax

Segundo dados do Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação, a oferta de novas vagas não parou de crescer mesmo em um período de queda no ingresso de novos alunos em cursos presenciais. Isso fez com que o percentual de vagas não preenchidas chegasse ao maior nível da década, 55,7%

No auge dos programas públicos de financiamento () e bolsas de estudo (Prouni), a ociosidade no sistema era de pouco mais de 40%. Com as restrições à concessão do benefício, a quantidade de vagas não preenchidas subiu rapidamente. A queda na renda das famílias obrigou as próprias instituições de ensino a criar mecanismos para facilitar o pagamento dos seus cursos.

No último ano 1,6 milhão de estudantes tinham algum benefício privado para cursarem faculdades particulares, como bolsas de estudo. É mais do que a soma dos beneficiados pelo Fies (821 mil) e Prouni (575 mil). Com isso, o total de alunos matriculados no ensino superior privado com financiamento ou bolsa de estudo chegou a 46,8%, em 2018.

“O aluno que tem o sonha de fazer uma faculdade e não poderia realizá-lo por restrições no orçamento encontra uma forma de ingressar no ensino superior. Quem faria faculdade tem agora a chance de escolher não só o melhor curso, mas também a melhor condição”, avalia Lucas Gomes.