A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul divulgou, pela primeira vez, o balanço anual dos atendimentos do órgão. Neste ano, mais de 354 mil pessoas procuraram atendimento e para o defensor público-geral Fabio Rogério Rombi da Silva, o aumento na procura é por conta do desemprego.

Com 354 mil atendimentos, desemprego impulsiona procura na Defensoria Pública
Foto: Marcos Ermínio, Midiamax

Conforme os dados divulgados nesta quarta-feira (27), no ano passado o número de atendimentos foi de 326 mil, ou seja, neste ano o aumento na procura foi de 8,37%. A quantidade corresponde a uma população maior que de Dourados e Três Lagoas juntas.

O procurador-geral afirmou que por conta da economia e o desemprego, as pessoas têm procurado a Defensoria com frequência pois, sem dinheiro, não conseguem pagar um advogado. Em 2014, MS tinha 49 mil desempregados e 2019, o número soltou para 108 mil.

“Ainda persistem os efeitos da economia em recessão. Se tem mais pessoas desempregadas, elas deixam de ter condições de contratarem os advogados e assim recorrem mais a Defensoria Pública”, pontuou Rombi.

O núcleo que mais recebeu procura foi o Nuccom (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos do Consumidor e demais matérias Cíveis Residuais), que resolveu questões de juros bancários de clientes de agências e também recebeu intensa procura por conta no valor da energia elétrica.

O segundo núcleo mais procurado, foi Nudem (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher), que tratou de casos de violência doméstica contra as mulheres. O terceiro mais procurado, foi o Nepiir (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica), com 2.241 atendimentos, principalmente em Dourados e Coronel Sapucaia.

Os moradores também colocaram as demandas de Saúde na quarta colocação no balanço da Defensoria. Conforme o defensor público-geral, as maiores solicitações são por leitos e medicamentos.