Cirurgiões torácicos que são prestadores de serviço para a Santa Casa de suspenderam nesta segunda-feira (1º) as atividades junto ao ambulatório do hospital, bem como os procedimentos eletivos, ou seja, os que não são considerados de urgência e emergência.

Conforme comunicado enviado à imprensa, o grupo manterá apenas os serviços essenciais de urgência e emergência, de assistência a pacientes internados, realização de traqueostomia, dentre outros, porém, de forma contingenciada.

A suspensão de parte das atividades, conforme a nota, ocorre por diversos motivos, dentre os quais estão, desde julho de 2018, a não regularização da prestação de serviço e assistência aos pacientes, além dos atrasos dos vencimentos (salários) dos profissionais – alguns com mais de três meses de atraso.

O Grupo, composto por cinco cirurgiões, destaca que “sempre franqueou todos documentos necessários a instituição a fim de sanar a problemática”. Porém, diz que “nunca houve uma devolutiva real da Santa Casa de Campo Grande, neste sentido”, o que empurra a categoria à informalidade, devido a ausência de vínculo jurídico com a instituição.

A nota assinada pelo médico Diogo Fomes Augusto, chefe de Serviço de Cirurgia Torácica, e pelo advogado Leandro Mendes, que representa o grupo de cinco profissionais. Segundo o documento, a Santa Casa já foi informada, via protocolo, da redução de serviços de atendimento, assim como o MPMS (Ministério Público Estadual) e CRM (Conselho Regional de Medicina).

A reportagem buscou contato com a Santa Casa e solicitou informações sobre o pagamento dos profissionais, regularização dos contratos, bem como o impacto da suspensão dos serviços, e aguarda resposta.