Os candidatos que participaram do último concurso público para a contratação de professores de Mato Grosso do Sul, irão fazer uma manifestação hoje (30) para pedir a anulação do pleito. O protesto irá acontecer às 13h30, em frente à SAD (Secretaria de Estado e Administração), responsável pela contratação da Funrio, aplicadora da prova. De acordo com os organizadores, o gabarito continha tinha muitos erros de digitação e conteúdo.

Ainda conforme os concurseiros, o tempo de 4 horas para concluir as questões também é questionável, pois era um material extremamente denso para ser solucionado nesse período. A candidata Luciléia Barboza, uma das organizadoras do ato, explicou que os seus colegas estão desapontados com a forma com que foi conduzido o processo.

“Estamos desesperados e não sabemos o que fazer. Minha área é arte e na prova as figuras não estavam coloridas, mas ela foi reformulada e publicada seu conteúdo com esse problema resolvido. Além disso, haviam questões relacionadas ao Rio de Janeiro, já que a aplicadora do certame é do estado. Porém, no edital estava explicito que só teriam perguntas referentes ao Mato Grosso do Sul e nos preparamos para isso”, explicou.

Outro ponto questionado pelos candidatos se refere ao resultado das provas que foi publicado nesta quarta-feira no DOE (Diário Oficial do Estado). De acordo com Lucélia, os candidatos só poderiam passar para a segunda fase do concurso caso alcançassem o percentual mínimo de 60% em três conteúdos: específico, português e fundamentos pedagógicos. No entanto, de acordo com o cálculo dos manifestantes, dos 14,3 mil inscritos, apenas 71 pessoas alcançaram esse número, resultando em um percentual de 0,49%.

“De todos os candidatos que fizeram a minha prova, apenas uma pessoa alcançou esse critério desse, isso é impossível. Estamos desacreditados, pois eu estudo por anos para ter a oportunidade de passar em certame como esse, mas eles não cumprem o que prometem e ficamos sem ter uma resposta sobre esses problemas por parte do Estado”, concluiu.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a SAD, porém foi informada pela assessoria de imprensa do órgão que o secretário responsável pela pasta, Roberto Hashioka, estava em uma agenda e não poderia responder sobre o caso no momento.