A força-tarefa para combater incêndios na região do sul-mato-grossense recebeu nesta sexta-feira (20) o reforço de 34 militares especializados do Corpo de Bombeiros do (DF), que atuarão ao lado dos 258 militares de MS. Além dos bombeiros, um ônibus, um caminhão de transporte de tropas e quatro caminhonetes foram cedidos pelo governo do DF. A chegada de uma aeronave para combate de incêndios está prevista para este sábado (21).

A tropa, veículos e equipamentos chegaram por volta de 1h da madrugada desta sexta-feira (20) e logo após a apresentação dos reforços, nesta manhã, as tropas já seguiram para Aquidauana, onde ficarão à disposição para ações de combate a incêndios e sob o comando do tenente-coronel Domingos Marcio Ferreira da Silva, do DF.

Além do material humano e dos veículos, o envio de uma aeronave air track, específica para combate a incêndios por via aérea, deve tornar a ação dos bombeiros mais efetiva. A aeronave tem capacidade de 3,1 mil litros de água e é o modelo mais potente, atualmente.

Bombeiros do DF chegam a MS em força-tarefa contra queimadas no Pantanal
Além de ônibus e veículos, MS também receberá uma aeronave do tipo air truck | Foto: Henrique Arakaki | Midiamax
Bombeiros do DF chegam a MS em força-tarefa contra queimadas no Pantanal
Além de ônibus e veículos, MS também receberá uma aeronave do tipo air truck | Foto: Henrique Arakaki | Midiamax
Bombeiros do DF chegam a MS em força-tarefa contra queimadas no Pantanal
Além de ônibus e veículos, MS também receberá uma aeronave do tipo air truck | Foto: Henrique Arakaki | Midiamax

Articulação

O envio das tropas foi possível após articulação do Governo do Estado e da Coordenadoria de de MS, junto à Sedec (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil) e o Governo do Estado do Distrito Federal. O comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Joílson Alves do Amaral, destacou que o apoio é fundamental para tentar controlar a situação caótica.

Bombeiros do DF chegam a MS em força-tarefa contra queimadas no Pantanal
Foto: Henrique Arakaki | Midiamax

“Já tínhamos feito tudo o que poderíamos ter feito. Como nós vimos que a situação não iria melhorar, já que não tem previsão de chuva e a umidade está cada vez mais crítica, iniciamos articulação para pedir apoio”, revela.

De acordo com o comandante, a tropa do DF estava pronta para apoiar incêndios no bioma amazônico, mas acabaram deslocados para MS, onde a situação agravou-se. Os bombeiros tentam, ainda, a liberação de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira) ou da Marinha.

As despesas do envio da tropa especializada está sendo custeada pela Defesa Civil Nacional e não foi revelada. Mas, somente em relação ao combustível, serão necessários R$ 200 mil nos dez primeiros dias, incluindo o que será utilizado na aeronave.

Planejamento e ação

De acordo com o chefe do Centro de Proteção Ambiental dos bombeiros, tenente-coronel Waldemir Moreira Junior, a tropa especializada vai atuar nas áreas de combate ao fogo e também planejar as ações.

Bombeiros do DF chegam a MS em força-tarefa contra queimadas no Pantanal
Foto: Henrique Arakaki | Midiamax

“Eles planejam o combate e já partir para mobilização. Esse planejamento é necessário em função do comportamento do incêndio, já que há fatores que podem influenciar de uma forma ou de outra no que será necessária para acabar com as chamas. Estamos num período de seca, calor extremo, baixa umidade do ar. Enquanto não chover estamos em risco extremo”, afirmou.

O tenente coronel adiantou, ainda, que nos pontos críticos do bioma do pantanal, a fazenda Caiman, em Miranda, era o local mais preocupante. “Agora a situação está um pouco mais controlada. A maior preocupação é com a fazenda São Roque, próximo ao Parque do Rio Negro”, destacou.

Áreas críticas

Segundo o titular da Defesa Civil de MS, o tenente-coronel Fabio Santos Catarinelli, o bioma do Pantanal segue sendo o ponto mais crítico em relação às queimadas em MS.

Bombeiros do DF chegam a MS em força-tarefa contra queimadas no Pantanal
Foto: Henrique Arakaki | Midiamax

“Diariamente, tem sido empregados 258 militares no combate a estes incêndios, tanto para a area urbana como rural. o número tornou-se insuficiente e por isso precisávamos de ajuda. Só ontem foram 250 focos de incêndio em todo o Estado. Mas já houve dias em que esse numero chegou a 750”, conta.

Segundo Catarinelli, os pontos mais críticos estão em Aquidauana, Corumbá e Porto Murtinho, na região do Pantanal, e também na Serra da Bodoquena.