Depois do presidente do , João Rezende, culpar a gratuidade do transporte público como o grande vilão no preço da passagem, o movimento estudantil compareceu em audiência pública na Câmara Municipal, que acontece nesta segunda-feira (15), e cobrou transparência.

Conforme o presidente do Conselho Municipal da Juventude de , Rodney Custódio da Silva Ferreira, o consórcio deve abrir a caixa preta e mostrar os números reais da gratuidade na Capital. “Os dados sobre os estudantes, principalmente, devem ser abertos. Esses que disponibilizam podem não ser reais”, disse à reportagem.

O conselheiro da UCE (União Campo-grandense de Estudantes), William Zandona, comentou que a gratuidade no transporte público completará 25 anos em Campo Grande este ano e, para ele, o número dos passageiros gratuitos seguem uma mesma linha.

“Todos os anos vai entrar e sair aluno, sempre seguirá a mesma linha, o mesmo número. No geral, os passageiros pagantes caíram e o Consórcio quer jogar para cima dos gratuitos”, disse.

Além disso, Rodney afirmou que a gratuidade, principalmente dos estudantes, é uma forma de investimento. “O estudante vai estudar, vai para a faculdade, vai se formar e contribuir para a sociedade”, pontuou. O movimento estudantil relatou ser favorável a CPI do ônibus, proposta para quebrar o sigilo fiscal e financeiro do Consórcio para apurar a compra de diesel.

CPI dos Ônibus e inquéritos no MPMS

Os vereadores de Campo Grande receberam uma proposta de abertura da CPI dos Ônibus, mas apenas cinco assinaram e a maioria é contra investigar o Consórcio Guaicurus e a atuação dos órgãos municipais envolvidos.

Até o momento, os parlamentares que aceitam investigar as suspeitas sobre o contrato de transporte coletivo na Câmara Municipal de Campo Grande são Vinicius Siqueira (DEM), (PSDB), Cida Amaral (PROS), Dr. Loester (MDB) e Dr. Viana (PSDB).

Enquanto isso, o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) informa que possui ao menos cinco procedimentos em andamento sobre o contrato de concessão dos ônibus em Campo Grande. Uma das investigações apura porque a Agereg teria liberado o Consórcio Guaicurus até de pagar multas de trânsito emitidas pela Agetran.