Em 10h a Casa da Mulher Brasileira, na Capital, registrou atendimento à 21 vítimas de violência. Três delas ficaram abrigadas na casa. Para a Coordenadora da Casa da Mulher pelo Governo Federal e assessora técnica da Secretaria Nacional de Política para Mulheres, o principal motivo do aumento das denúncias e da busca por ajuda é a informação.

“Esse mês de março, que é comemorado o dia da mulher, provoca uma discussão sobre o assunto. A mulher tem um maior volume de informação, até mesmo pela procura da imprensa, as ações feitas nesse período. E essas campanhas encorajam as mulheres e elas mesma se ajudam a denunciar”, explicou Tai.

Segundo ela, a Casa da Mulher Brasileira, vem trabalhando pelas políticas públicas em toda a sua transversalidade.  “Nós aqui discutimos muito a pauta. Capacitamos os técnicos e técnicas, trabalhando junto à população, debatendo o assunto de forma insistente. Aqui nós protegemos vidas, todo mundo precisa romper o silêncio”, contou.

Mas para Tai, as cidades onde a Casa não está presente precisam ser atendidas e orientadas também. “Para que a rede de serviço esteja completa, precisamos atender o país como um todo. Não é só em Campo Grande, não é só no estado. O Brasil todo está passando por essas situações. No nosso estado hoje foram três feminicídios. E a cidades que não tem a Casa? As mulheres de lá também precisam ser orientadas. Todo mundo precisa ser orientado”, disse.

Para a diretora adjunta da Subsecretaria de Políticas para a Mulher, Ione de Souza Coelho, os trabalhos de prevenção são realizados em unidades de saúde, nas escolas, nas faculdades, nas empresas de ônibus. “Não é só o trabalho emergencial, nós fazemos o trabalho de prevenção também. Se os profissionais que atuam no transporte coletivo por exemplo, podem agir diante de um assédio. Eles estão capacitados para atuação junto a Guarda Maria da Penha”, explicou.

Ione, ressalta que é importante entender nessa dinâmica dos casos de violência contra a mulher o país passou por transformações significativas. “Antes da Lei Maria da Penha, o cenário era um, depois se transformou. A mesma coisa com a Lei do , existe um antes e depois, e nessa forma nós vamos caminhando. Hoje a informações chega muito mais rápido, e hoje tudo está mais imediato”, explicou.

“Tudo acontece de forma mais imediata. A gente consegue visualizar a mulher assassinada de forma muito mais rápida, porque a informação chega mais rápido, então não é possível mensurar se os casos aumentaram, mas sim conseguimos saber mais. E a gente não pode cansar de falar, à medida que as mulheres são informadas elas tomam maior consciência. O acesso à denúncia ficou mais rápido, e isso faz com que pareça que os casos aumentaram. A mulher está sendo encorajada. Não podemos cansar de falar, tudo o que fazemos de prevenção ainda é pouco. A informação promove a mudança nos comportamentos', concluiu.

 

Denúncias

Para mulheres que queiram denunciar uma situação de abuso ou violência, os telefones para atendimento são 67 4042-1324, 190 ou 180.

 

Mês da Mulher

Neste mês de março, A Semu (Subsecretaria Municipal de Políticas para a Mulher), em parceria com a Casa da Mulher Brasileira, está promovendo atividades em alusão ao dia Internacional da Mulher – celebrado no último dia 8. Os eventos vão até dia 27 e são realizados em diversos locais. Confira a lista:

-13/03 às 14h – Apresentação do resultado do Mapeamento da Violência em Campo Grande

Local: Auditório da Subsecretaria de Políticas para Mulher/ SEMU

Endereço: rua Quinze de Novembro, 1373 – Centro

-18 a 22/03, 13 às 17h – Formação: Políticas Públicas e o enfrentamento à Violência contra as Mulheres em Campo Grande

Local: Auditório Unigran

Endereço: rua Abrão Júlio Rahe, 325 – Centro

-27/03,14h – Sensibilização para Implantação da Lei Maria da Penha vai à Escola nas Unidades Escolares de Campo Grande-MS

Local: Teatro Glauce Rocha

Endereço: Dentro da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)