Segundo semestre teve chuvas acima da média e previsão é de mais água em dezembro

Nos últimos meses de 2018, Mato Grosso do Sul foi atingido por tantas chuvas que a impressão que fica é que o ano foi chuvoso. Desde outubro, cidades do estado enfrentaram o caos causados pelas tempestades e várias delas chegaram a decretar situação de emergência. Pois é, a impressão é real e dados meteorológicos apontam que a chuva que atingiu o estado está acima da média.

Informações do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), em agosto, setembro, outubro e novembro deste ano, a quantidade de chuva que atingiu Mato Grosso do Sul ficou acima da média histórica para o período. A única exceção é a região Nordeste do estado, onde a chuva não foi tão frequente. Mesmo com o recorde para o período, as chuvas não devem parar por aí. Em dezembro, a previsão é de mais chuvas para a segunda quinzena do mês.

Dados do Cemtec comprovam o recorde nas chuvas. Em agosto, foram 1.100 milímetros, acima da previsão esperada para o mês. Em outubro, a precipitação chegou a 2.500 milímetros, também acima do volume previsto. Nas cidades de Juti e Caarapó, por exemplo, choveu mais de 140% do esperado. Em novembro, a chuva também não deu trégua: foram 7.605 milímetros de chuva, o maior valor para o período nos últimos cinco anos.

Danos na agricultura

Apesar do volume de chuva, as tempestades causaram danos apenas nas plantações de melancia. Com prejuízo avaliado em aproximadamente R$ 8 milhões, os produtores de melancia de Eldorado, no Sul do Estado, perderam 80% da safra devido à chuva frequente na região, que chegou a 500 milímetros só no mês de outubro.

Segundo informações da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a previsão era colher pelo menos 18 mil toneladas de melancia em outubro, o equivalente à produção de mil hectares de plantação existentes. Apesar da quantidade de chuva que atingiu o Estado, neste ano, as plantações de soja e milho, as commodities que alavancam a economia de Mato Grosso do Sul, não sofreram prejuízos.

(com informações do Governo de MS)