Protetoras resgatam cão, mas têm dilema de decidir se mantêm o animal vivo
O destino do cão Jorge está nebuloso desde que seu diagnóstico confirmou uma lesão medular irreversível. Jorge, que recebeu este nome após ser resgatado, foi encontrado atropelado na Avenida Ernesto Geisel, próximo ao shopping Norte Sul Plaza, no último domingo (12). Sem apresentar mobilidade nas patas traseiras, ele segue internado em uma clínica, onde uma […]
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O destino do cão Jorge está nebuloso desde que seu diagnóstico confirmou uma lesão medular irreversível. Jorge, que recebeu este nome após ser resgatado, foi encontrado atropelado na Avenida Ernesto Geisel, próximo ao shopping Norte Sul Plaza, no último domingo (12). Sem apresentar mobilidade nas patas traseiras, ele segue internado em uma clínica, onde uma veterinária espera permissão para qual procedimento adotar: cirurgia ou eutanásia.
O diagnóstico, obtido a partir de uma radiografia na última terça-feira (14), foi a pá de cal que faltava para orientar a decisão da secretária Karina Ribeiro, 22 anos, e a diretora de arte Luciana Gonçalves, também de 22 anos – responsáveis pelo resgate. Isso porque agora já se sabe que a cirurgia na coluna do cão pode não lhe devolver os movimentos e Jorge ficará totalmente dependente de seu tutor até para fazer necessidades básicas, como urinar e defecar, principalmente durante o pós operatório.
A partir daí, as jovens enfrentam o dilema de decidir pela eutanásia do animal, até quinta-feira. A cirurgia, que está orçada em cerca de R$ 1.500, promoveria mais estabilidade à coluna do animal e ele poderia usar cadeira de rodas canina. Mas, Jorge ainda precisaria de cuidados constantes e tratamento específico, como fisioterapia. Para justificar sua sobrevivência frente a tamanho sofrimento, Luciana e Karina entenderam que ele precisaria de um tutor dedicado, que compense a falta de mobilidade com cuidados especiais e, principalmente, muito amor.
“É uma das decisões mais difíceis da minha vida. Como eu não tenho como cuidar desse cão, acho uma crueldade mantê-lo vivo sem que haja alguém realmente disponível para se dedicar a ele. Cheguei à conclusão de que ele precisa de paz, tanto pela dor, quanto por não termos encontrado seu dono, ainda”, comenta a diretora de arte.
Jorge é um cão sem raça definida. Pesa cerca de 10 quilos e aparentar ter pelo menos três anos. Segundo as jovens, ele aparenta ter tutor, já que estava bem cuidado, com unhas aparadas e sem carrapatos ou pulgas. “Acreditamos que ele pode pertencer a alguém que more na região do Marcos Roberto, Vila Nhanhá, porque era por ali que ele estaria vagando quando o encontramos”, conta Luciana.
Segundo Luciana, ela e Karina seguiam pela avenida quando avistaram um carro parado na pista. No asfalto, Jorge estava deitado. O homem teria arrastado o cão pela pata até o meio fio, sendo interpelado por Karina. Segundo elas, o homem negou a autoria do atropelamento.
“Não sabemos se é verdade. Mas, não tinha como simplesmente deixá-lo ali, sofrendo. Seria uma crueldade sem tamanho. Então, colocamos o Jorge no porta-malas do meu carro e o deixamos numa clínima veterinária para receber cuidados”, descreve.
À reportagem, Luciana respondeu que já gastou cerca de R$ 500 com o animal. E embora aceite doações, o que a preocupa no momento é se Jorge terá a sorte de encontrar um dono que tope cuidar de um cão especial.
“A gente não quer desistir dele. Vamos fazer uma rifa para custear os gastos, inclusive a cirurgia, mas não sei se é correto estender esse sofrimento se não tiver quem cuide dele”, explica.
Por isso, as jovens fazem um apelo: se você conhece alguém ou é alguém que quer dar amor e cuidar do Jorge, que hoje é um cão especial; se você tem condições financeiras e emocionais para se dispor a ele a maior parte do seu tempo, que busque contato com as jovens. O animal precisará tanto de fisioterapia como de assistência na maior parte do tempo. O animal também precisará de fraldas, analgésicos e muito amor. E caso alguém seja solidário e queira contribuir com as despesas até o momento, as contas bancárias estão a seguir.
Jorge está internado na Clinvet (Rua Rui Barbosa, 1218 – Monte Líbano).
Banco do Brasil
Agência 18732
Conta-corrente 319813
CPF 022.537.861-56
Luciana Gonçalves dos Santos
Caixa Econômica Federal
Agência 0017
OP 013
Conta-poupança 65012-3CPF 056.786.661-00
Karina Ribeiro Vicente
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