Pronto atendimento do HU reabre e gestão não tem intenção de ampliar leitos
O PAM (Pronto Atendimento Médico) do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) – em Campo Grande – reabriu às 7 horas desta segunda-feira (20). O PAM está com 26 pacientes, segundo a Ebeserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) – responsável por administrar o hospital. São sete pacientes na área vermelha (para sete leitos), oito pacientes […]
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O PAM (Pronto Atendimento Médico) do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) – em Campo Grande – reabriu às 7 horas desta segunda-feira (20). O PAM está com 26 pacientes, segundo a Ebeserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) – responsável por administrar o hospital.
São sete pacientes na área vermelha (para sete leitos), oito pacientes na área amarela (para oito leitos), sete pacientes na área verde (para três leitos – quatro estão em camas no corredor) e quatro pacientes no PAM da pediatria (para oito leitos).
A situação do PAM foi classificada como “tranquila” – sendo que a área verde é destinada aos pacientes com menor gravidade no estado de saúde.
A direção do hospital havia anunciado o fechamento do PAM – para novos pacientes – na última quinta-feira (17), quando 67 estavam internados, sendo que o local conta com apenas 26 leitos. A previsão era de fechamento por 15 dias.
Contudo, a reabertura foi definida ainda na sexta-feira da semana passada, após o MPF (Ministério Público Federal) intervir e mediar acordo entre a gestão do HU e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Na prática, foi alterada a regulação dos pacientes (forma em que a central municipal define para onde vão as pessoas que precisam de atendimento médico). A Sesau se comprometeu a enviar menos pacientes ao PAM do HU.
Rotina de fechamentos no PAM
O fechamento do PAM do HU não é novidade e ocorreu em duas ocasiões nos últimos anos. Em 2017, além do PAM, a maternidade foi fechada. Os setores foram reabertos após negociação com a Prefeitura de Campo Grande para contratualização dos serviços.
Em 2013, o caso foi mais grave e o fechamento não foi medida da direção para conter a superlotação. A Vigilância Sanitária esteve no local e fechou o PAM do HU por falta de condições no atendimento aos pacientes. Para reabrir, o Pronto Atendimento foi transferido para onde funcionava setor de nutrição, que passou por reforma, mas teve o número de leitos reduzidos.
Segundo o HU informou ao Jornal Midiamax, nesta segunda-feira (20), não há nenhuma previsão de ampliação no número de leitos. O motivo é o HU é um hospital escola da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e não destinado a atender à demanda de urgência/emergência de Campo Grande. Segundo, não há dinheiro e nem espaço, caso houvesse o interesse em aumentar os leitos.
Por meio de nota, o hospital explicou. “O HU não tem recursos, espaço físico nem interesse de ampliar leitos de pronto atendimento, já que aqui é um hospital escola, para que alunos dos cursos de saúde da UFMS possam fazer residência e especializações, o objetivo do HU não é atender urgência e emergência”.
O HU ainda menciona que o problema no Estado é da saúde pública como um todo e que visível quando os hospitais estão superlotados.
“O problema da falta de leitos não é de gestão, nem do HU, nem da Santa Casa, nem do Hospital Regional, é problema de política pública, de melhor estruturação da saúde básica (Unidade básicas, postos de saúde, saúde da família), de estruturação da saúde pública nas cidades do interior, para que os pacientes não tenham que vir ser atendidos na capital por falta de leitos e especialidades médicas nestas cidades.
Se o Hospital do Trauma estivesse funcionando já desafogaria muito os pronto-socorro dos hospitais. Na quinta-feira (16/08), dia que fechamos o PAM, 18 dos 67 pacientes eram ortopédicos, ou seja, poderiam ser atendidos no Hospital do Trauma se este estivesse funcionando“, informa o HU.
Mudanças na regulação
Em reunião realizada na manhã da sexta-feira (17) no MPF (Ministério Público Federal), representantes do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian e Secretaria Municipal de Saúde chegaram a acordos para que o PAM fosse reaberto. Ficou acordado (nota do HU)
PELO HU:
– Receber exclusivamente pacientes regulados, ressalvados os casos urgentes de risco de morte que ingressarem no hospital, os quais deverão ser comunicados imediatamente à Central de Regulação pelo sistema CORE;
– A exclusividade de atendimento aos pacientes via regulação se estenderá àqueles procedentes do ambulatório, cujo atendimento deva ser precedido, necessariamente, de senha do Sistema de Regulação;
– Será providenciada autoria dos pacientes classificados como “amarelo” e “laranja” (gravidade mediana);
– Será realizada campanha de conscientização dos pacientes do hospital sobre a nova dinâmica de atendimento, que compreenderá apenas os usuários do SUS devidamente regulados;
– Haverá a reabertura do Pronto Atendimento Médico no dia 20/08 (segunda-feira), observando-se a nova dinâmica de atendimentos.
PELA SESAU:
– Enviar relatórios diários, via email, ao HU, ao MPF e ao MPE, com os nomes e respectivas senhas do Sistema de Regulação dos pacientes encaminhados ao Pronto Atendimento Médico do HU, bem como daqueles encaminhados à Santa Casa e Hospital Regional no mesmo período;
– Disponibilizar um servidor para realizar conferência diária do Pronto Atendimento Médico do HU, com a finalidade de verificar nomes e senhas do SISREG dos pacientes.
Fechamento do PAM
O HU comunicou o fechamento do PAM na manhã da quinta-feira (16). “Por absoluta falta de condições de atender os pacientes que aqui estão com um mínimo de dignidade”.
Foi informado na data que capacidade instalada e contratualizada com o Gestor Municipal é de 26 leitos, sendo que no momento, eram 67 pacientes no local, distribuídos nos leitos, macas no corredor e 16 pacientes internados em cadeiras.
“Apesar de o nosso Núcleo de Regulação Interna (NIR) avisar várias vezes, diariamente, à Central de Regulação que não temos mais capacidade de receber novos pacientes, eles continuam chegando da mesma forma, culminando na situação atual”, prosseguiu o HU.
O hospital apontou que a situação poderia aumentar o risco de os pacientes sofrerem eventos adversos graves, bem como aquisição de infecções. Dos pacientes atuais internados no PAM, dois estavam isolados de forma improvisada nos consultórios com suspeita de tuberculose.
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