Prefeitos de 8 cidades preparam situação de emergência

Decretação do estado de emergência é importante para viabilizar recursos federais

Após reunião a portas fechadas, na manhã desta quinta-feira (22), prefeitos de oito municípios atingidos pelas fortes chuvas dos últimos dias estão empenhados em entregar à Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) a documentação necessária para declarar situação de emergência. Os chefes de Executivo evitaram falar sobre valores.

Mais cedo, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobrevoou a região do Pantanal e comprometeu-se em homologar o estado de emergência, a fim de viabilizar o repasse de recursos federais.

“A reunião foi muito proveitosa, o governador prometeu nos apoiar nessa situação, mas ainda não foi determinada a quantia a ser repassada. Nos comprometemos a entregar toda a documentação necessária para a decretação do estado de emergência”, afirmou a Prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB).

Segundo a prefeita, o rio que banha o município está sete metros acima do nível convencional, mas não há, até o momento, registro de pessoas desabrigadas. “Da última vez 19 famílias de ribeirinhos ficaram desalojadas, mas desta vez nenhuma”, assegurou Marlene, que ainda afirmou que moradores do município estão sendo atingidos por um surto de conjuntivite, após o início das aulas.

“O que podemos adiantar é que a princípio será feito cum convênio para compra de diesel”, afirmou o prefeito de Jardim, Guilherme Alves Monteiro (PSDB). De acordo com o prefeito, algumas áreas estão isoladas, pois uma das principais pontes de concreto do município teve a estrutura danificada pela chuva.

Conforme Guilherme, a ponte é o principal acesso para escoamento de produção agrícola, pecuária e, também, acesso escolar. Não há registro de desabrigados no município.

Os estragos causados pela chuva causaram impacto econômico negativo em Bonito, segundo o prefeito Odilson Soares (PSDB). “O nível dos rios que banham a cidade subiram muito e por isso os balneários foram fechados, estamos preocupados”, afirmou.

O turismo é a principal fonte de renda do município, conhecido pelas águas cristalinas e geladas. Enquanto passeios estiverem suspensos, a economia do município sofrerá impacto. “Três pontes por onde é feito o escoamento da produção rural e também importantes para o turismo estão interditadas”. Também não há registro de desabrigados.