Os 2.913 aplicadores de Mato Grosso do Sul que participaram do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) seguem sem o pagamento e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) alega que responsabilidade do pagamento é da instituição contratada para realizar os depósitos.
O Inep informou ao Jornal Midiamax que não estava ciente dos atrasos no pagamento os aplicadores e disse que já fez os devidos pagamentos à empresa aplicadora da prova, CAED/UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), de Minas Gerais.
“O pagamento devido (INEP – CAED) já foi executado em conformidade e em tempo hábil a instituição aplicadora. O cronograma de repasse do valor aos colaboradores é de responsabilidade do CAED “, diz nota.
No ano passado, os aplicadores enfrentaram o mesmo problema de atrasos no pagamento que levou três meses para serem debitados na conta. Segundo o Inep, as instituições responsáveis pela aplicação da prova e pagamento são sem avaliadas e a escolha das mesmas acontece através de licitação.
“As instituições aplicadoras são escolhidas por Pregão Eletrônico que é uma modalidade licitatória. As instituições aplicadoras são escolhidas de acordo com o estatuto da Lei de Licitações 8.666/1993”, afirmou Inep em nota.
A reportagem encontrou em contato com a instituição, mas ligações não foram atendidas.
Atraso de quatro meses
Quatro meses se passaram desde que a prova do Encceja aconteceu no Estado, o resultado, inclusive, já foi publicado, mas nada dos aplicadores da prova terem recebido o pagamento. Participantes alegam desorganização por parte da financiadora contratada.
Um professor conversou com a reportagem e contou que trabalhou no Encceja como coordenador em uma das escolas no dia 5 de agosto, quando aconteceu o exame. Ele relata que chegou a entrar em contato com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) há cerca de um mês para obter informações sobre quando estaria previsto o pagamento, no entanto, resposta ainda deixou os aplicadores ‘no escuro’.
“O Inep me orientou a procurar a unidade financiadora, mas não me disseram qual é essa financiadora, então não dá para saber quem eu vou cobrar. Estamos sem respostas e há três meses sem previsão do pagamento”, afirmou Maurício Leonardo a reportagem, pontuando que sempre é cobrado pelos demais aplicadores.
O fato preocupa, pois, este é o segundo episódio em que a financiadora atrasa o pagamento do Encceja. No ano passado, os aplicadores também passaram pela mesma situação, quando somente três meses depois o pagamento foi feito. A prova aconteceu em novembro e somente em fevereiro de 2018 puderam receber.