Abandono: ambulância parada vira depósito de lixo hospitalar em MS

Servidores da Secretaria Municipal de Saúde alegam descaso por parte do poder público com as ambulâncias que prestam serviço em Camapuã. Os funcionários afirmam que quatro veículos estão parados e servem, inclusive, como depósito para lixo hospitalar. Ainda conforme denúncias, não é raro que médicos e enfermeiros solicitem ambulâncias dos municípios de São Gabriel do […]

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Servidores da Secretaria Municipal de Saúde alegam descaso por parte do poder público com as ambulâncias que prestam serviço em Camapuã. Os funcionários afirmam que quatro veículos estão parados e servem, inclusive, como depósito para lixo hospitalar.

Ainda conforme denúncias, não é raro que médicos e enfermeiros solicitem ambulâncias dos municípios de São Gabriel do Oeste e Figueirão para o transporte de pacientes. Já o problema do acúmulo de resíduos teria iniciado em meados de fevereiro quando a empresa responsável pelo recolhimento do lixo hospitalar teria rescindido contrato com a Prefeitura.

Um auxiliar de enfermagem que não quis se identificar garante que o sucateamento da saúde pública no município está longe de acabar. O servidor ressalta que “é uma pena a falta de ambulância com tanto veículo deteriorando no pátio da Unidade de Saúde Central.”

Em conversa com o Jornal MidiaMax, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Evamerlyn De Podestá Etges, negou que Camapuã tenha deficiência em ambulâncias e desmentiu as acusações de empréstimo de veículos.

A presidente classifica como caso isolado o transporte de uma moradora que estava internada no Hospital do Câncer, em Barretos (SP), há dois meses. Evamerlyn contou que o município estava se organizando para buscar a paciente quando a Secretaria de Figueirão teria “se antecipado” e feito o translado.

“Figueirão foi buscar uma paciente nossa, sem nosso consentimento, e somente com uma enfermeira, o que não é indicado porque um médico deveria ir junto.”

Ainda de acordo com a Evamerlyn, Camapuã conta com quatro ambulâncias ativas e duas paradas.

Dessas duas, uma estaria em processo judicial desde a antiga gestão e, devido ao impasse, não pode ser colocada para circular. A outra estaria tão velha que teria ido a leilão e não teria tido nenhum lance.

Sobre o acúmulo de lixo hospitalar, a Prefeitura afirmou que o depósito no interior da ambulância foi realizado sem autorização e a coleta dos resíduos na unidade hospitalar segue normal.

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