Situação se agrava com registro de chuvas
Não é preciso que caia chuva muito forte para que tenham início os transtornos na vida de moradores de diversas regiões de Campo Grande. Por causa da falta de asfalto e cascalhamento regular, o que se vê nas ruas quando a chuva passa são pontos de alagamento e verdadeiros ‘lamaçais’ que tomam conta dos bairros e dificultam o acesso de motorista e principalmente dos pedestres.
As chuvas dos últimos dias trouxeram a tona um problema crônico do bairro Noroeste. Basta percorrer algumas ruas bairro a dentro para ser obrigado a fazer verdadeiras manobras na tentativa de fugir do barro. “Toda vez que que chove fica assim, um barro que a gente não vence. Isso entristece porque moro aqui há 17 anos e não vejo essa situação melhorar”, desabafa a dona de casa Sandra da Silva, de 57 anos.
Além do barro, o lixo é agravante da situação. Na Rua Bruxelas, por exemplo, restos de entulho, garrafas e mato congestionam os bueiros e vão parar no meio da via.
Situação que além de desagradar quem mora na região, atrapalha pequenos empresários que tiram o sustento de comércios abertos na região. “Essas poças de lama prejudicam porque o pessoal desvia daqui, a clientela não quer vir. Parece que esqueceram de nós”, afirma o proprietário de uma oficina mecânica, Carlos Duarte, de 43 anos.
No Bairro Chácara dos Poderes, na região da Uniderp Agrárias, a situação não é muito diferente. Em imagens enviadas por leitores é possível ver verdadeira cratera aberta na via. “Nem ônibus escolar está passando por aqui e é uma luta pra sair de casa. Alaga tudo”, relata a denunciante.
De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, novembro já registrou 100 milímetros de água a mais que o esperado para o mês. O aculumado é de 264 milímetros, quando o esperado era de 164, 5.