Sem avanço na negociação salarial, médicos ameaçam parar atendimentos

Eles vão decidir em assembleia nesta 4ª

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Eles vão decidir em assembleia nesta 4ª

Os médicos da Prefeitura de Campo Grande irão se reunir em assembleia, nesta quarta-feira (10), para decidir se a categoria paralisa ou não as atividades pelo não pagamento de reajuste de 27% reivindicado. Até o momento, a proposta do município é de aumentar o salário desde que a carga horária também seja ampliada.   

A negociação da categoria ocorre todos dos meses de maio, e neste ano, os profissionais pleiteiam 27% de ajuste salarial, tendo em vista que nos últimos anos não houve correção e a incorporação das gratificações nos salários: Aumento do salário-base para R$4,7 mil, considerando a incorporação das três gratificações que hoje são pagas aos médicos.

Do outro lado, a Prefeitura de Campo Grande pretende aumentar em mais doze horas a carga horária dos médico- hoje são 12 horas semanais – para tentar reduzir a frequência dos plantões e, consequentemente, economizar. Para ficar mais tempo nos postos, o município pode dobrar os salários dos médicos que passaria de R$ 2,5 mil para R$ 6 mil.   Além disso, a proposta prevê a incorporação das gratificações.

Atualmente, um médico pode fazer até 24 plantões por mês, atividade adicional que pode custar até R$ 21.6 mil; cada plantão custa R$ 900. Mas com uma jornada ampliada, a lógica é de que os profissionais passariam mais tempo nas unidades de saúde e a necessidade de ‘extra’ menor. 

Ainda que a incorporação dos salários seja aceita, os médicos questionam a ausência de reajuste de salário, sob argumento de que estaria defasado há 12 anos. Enquanto isso, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) assegura que a proposta que a proposta já foi enviada, mas não obteve ‘devolutiva’ dos médicos.

Para o médico Flávio Freitas, presidente do Sinmed/MS (sindicato dos médicos), a prefeitura “não está fazendo nenhum esforço no sentido da resolução do problema”, e completou dizendo que após a próxima assembleia, a categoria deve “iniciar uma batalha com o prefeito (Marquinhos Trad) e secretário (Marcelo Vilela) ”. “Estão menosprezando a classe médica”, concluiu. 

 

 

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