Santa Casa fecha as portas para casos sem urgência para barrar demanda do interior
Pronto-socorro receberá apenas urgência e emergência
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Pronto-socorro receberá apenas urgência e emergência
Responsável por receber 200 pacientes diariamente, o pronto-socorro da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa, vai interromper nesta sexta-feira, 10 – e por tempo indeterminado -, os atendimentos da demanda espontânea. A partir de agora, a instituição irá atender somente casos considerados de urgência e emergência, por determinação da Prefeitura de Campo Grande. A medida seria uma forma de barrar a demanda do interior de Mato Grosso do Sul, que representa 30% do recebimento do hospital.
A Santa Casa é referência em atendimentos de alta complexidade, e até então era o único hospital público da Capital aberto a receber pacientes sem agendamento prévio no Estado, o que seria um dos atenuantes para sobrecarregar o funcionamento da instituição. Com a restrição, a estimativa é de que 150 pessoas fiquem sem o auxílio médico por dia de não funcionamento.
A decisão foi tomada ontem, em reunião entre a secretaria de saúde do município e o hospital, e uma das formas encontradas para conter a crise enfrentada pela instituição seria a ‘peneira’ nos pacientes.
De um lado, a Santa Casa apresenta falta de medicamentos, materiais e um rombo de R$ 15 milhões em suas contas, parte disso, de acordo com a mantenedora do hospital, é resultado do atraso de R$ 11 milhões devidos pela Prefeitura de Campo Grande ainda na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). Mensalmente o município repassa R$ 20,7 milhões para o custeio da instituição.
Enquanto isso, o município que realiza gestão plena de saúde e faz o repasse mensal de R$ 20,7 milhões para o custeio da instituição, decidiu ‘fechar as portas’ do pronto socorro para não ter que arcar sozinho com a demanda do interior do Estado, que em tese é de responsabilidade do governo estadual.
A saída dos pacientes vindos do interior seria o Hospital Regional, gerido pelo governo de Mato Grosso do Sul, entretanto, a unidade também fechou suas portas para os pacientes que não tenham agendado o atendimento. Isso quer dizer que, para conseguir um atendimento médico, a pessoa precisa ter feito uma consulta antes e solicitar o encaminhamento.
O presidente da Associação, Esacheu Nascimento, disse que os pacientes serão orientados à procurar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou um CRS (Centro Regional de Saúde). “São atendimentos que poderiam ser revolvidos em uma unidade de saúde”, garante. Segundo ele, o prejuízo do pronto-socorro, mensalmente, gira em torno de R$ 4 milhões.
Em comunicado, a secretaria da Capital informou que a medida “é para evitar a chamada demanda espontânea que, em sua maioria, são de pacientes do interior que não são regulados e quem arca com as despesas dos procedimentos é Campo Grande”.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que a decisão é de responsabilidade da prefeitura, que gerencia a regulamentação de vagas na Capital. Sobre o funcionamento do hospital regional, a pasta explicou a exigência da regulamentação para evitar a superlotação.
Notícias mais lidas agora
- Embaixadora do samba e benzedeira, familiares se despedem de Dona Cida em Campo Grande
- Homem é morto em confronto com a Polícia após roubar carro e fugir para rodovia
- Homem é encontrado morto em casa no Carandá Bosque
- Ano termina sem solução para moradores do Nova Campo Grande: ‘final de ano no fedor é difícil’
Últimas Notícias
PRF de Dourados tirou mais de 130 toneladas de drogas de circulação em 2024
Delegacia também apreendeu pistolas e fuzis do crime organizado
Confira as atribuições das novas pastas da Casa Civil e Articulação Regional de Campo Grande
Reforma trouxe novidades na estrutura da administração direta de Campo Grande
Apesar de versões contraditórias, suspeito de matar mãe com pá fica em silêncio em interrogatório
Suspeito teve a prisão preventiva decretada após a prisão na última sexta-feira (27) no Parque Residencial União
Operação Piracema: Cinco são autuados com 116 kg de pescado em MS
Dois casos foram registros no Rio Aquidauana
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.