Marquinhos solicitou uma audiência pública à Câmara Municipal
O Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse neste sábado, 4, ao Jornal Midiamax, que vai aguardar o debate popular para depois estipular o modelo de regulamentação para aplicativos de transporte, como a Uber. A ideia do chefe do executivo municipal é restringir a quantidade de carros e de motoristas do serviço de caronas.
Marquinhos Trad solicitou ao presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha, a realização de audiência pública para discutir com todos os setores da sociedade o tema, antes de publicar portaria que definirá as regras. O ofício foi encaminhado nesta sexta-feira, 3. De pronto, o prefeito garantiu as premissas da regulamentação do serviço é a garantia do não prejuízo à população, segurança aos usuários e preços mais acessíveis.
Segundo ele, a situação só será resolvida com a discussão da população, e declarou ser favorável ao modelo de transporte. “A solução é ouvir os dois lados. Todos tem suas razões, mas vão precisar ceder encontrar um equilíbrio”, afirmou Marquinhos, à respeito da rivalidade entre taxistas e motoristas de Uber, que ainda não se entenderam após quase seis meses da operação na cidade.
Ele também explicou o porque decidiu estipular regras a atuação do serviço, e criticou a ausência de manifestação do poder público com a chegada livre da Uber à Capital, em setembro de 2016. “A Uber estava na clandestinidade há meses, o gestor passado e nem o Ministério Público se manifestaram, e isto estava gerando insegurança. Não vi outra alternativa”, defendeu.
O desentedimento provocado com a chegada do aplicativo se repetiu em diversas cidades brasileiras, como São Paulo – que tem a maior frota de táxis do país. Na Capital paulista, o ex-prefeito Fernando Haddad estabeleceu um modelo de regulamentação que prevê uma cobrança de R$ 0,10 por quilômetro rodado dos aplicativos de transporte, permitindo que a capital fosse a primeira cidade do País a liberar o serviço e lucrar com a arrecadação de impostos.
Mas em Campo Grande, até agora, a liberação da atividade prevê apenas limite no número de carros e de motoristas. A publicação do dia 27 de fevereiro determina que o prazo de 180 dias para regularizar o transporte, e estabelece 980 a quantidade máxima de condutores. E ainda, cada motorista poderá cadastrar um auxiliar para revezar o veículo que terá adesivo com os dizeres ‘estou legal’ para demostrar que é regularizado. A produção da colagem ficará por conta da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte).